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Brasil Agravamento da crise econômica pode trazer novos riscos para Dilma

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Oficialmente o governo Dilma diz acreditar que o País não seguirá em retração em 2016. (Foto: Joel Rodrigues/Folha Imagem)

Em uma semana em que a presidenta Dilma Rousseff  ganhou um “pouco de fôlego” no campo institucional, a piora do cenário econômico e os riscos de ela agravar a crise política viraram a maior preocupação das conversas reservadas no Palácio do Planalto.

Um assessor presidencial disse à Folha que o governo precisa “reverter urgentemente” as expectativas negativas da economia para “evitar o pior”: o aprofundamento da recessão no Brasil.

Em sua avaliação, o governo conseguiu melhorar o quadro de instabilidade institucional, mas precisa evitar que uma deterioração econômica gere a imagem de que o Planalto perdeu a capacidade de comandar o País.

Segundo ele, se isto ocorrer, a oposição vai explorar este cenário politicamente para desgastar Dilma e tentar forçar a abertura de um processo de impeachment.

Outro assessor reconhece que o sentimento, ultimamente, é o de que “todo dia é de notícia ruim” para o governo na área econômica.

Enquanto a semana começou com a avaliação de que os protestos do último dia 16 deste mês não foram “gigantescas”, dando tempo ao governo para negociar a Agenda Brasil articulada com o PMDB do Senado, na economia analistas passaram a prever dois anos seguidos de recessão.

Oficialmente, o governo disse acreditar que o País não seguirá em retração em 2016, mas reservadamente admite que a “atual desaceleração é muito forte” e há o risco de ela se manter no próximo ano.

Depois das previsões do mercado de retração superior a 2% neste ano e de 0,15% em 2016, novos dados negativos foram divulgados. O desemprego medido pelo IBGE nas principais regiões metropolitanas passou de 6,9% para 7,5% em julho. E o corte de vagas com carteira assinada no mesmo mês foi o pior desde 1992, com eliminação de 158 mil postos em todo Brasil.

Um aliado da presidenta afirmou que estes números ainda terão reflexos mais negativos na economia quando o seguro-desemprego dos novos desempregados acabar.

Em busca de uma reação da atividade econômica para “quebrar o ambiente de pessimismo”, assessores de Dilma defendem que o melhor caminho é aprovar pontos da Agenda Brasil para melhorar o ambiente de negócios.

Falta de confiança

Um assessor lembrou que o Planalto tomou uma série de medidas para combater a inflação, corrigir preços públicos e buscar o equilíbrio fiscal, mas que, sem a volta da confiança, o crescimento da economia não virá.

Outra ala do governo, porém, preocupada em diminuir os danos na economia nesta fase de transição, voltou a defender uma atuação do Estado para tentar tirar a economia do atoleiro.

Daí veio a decisão de usar o Banco do Brasil e a Caixa para socorrer setores em dificuldades com crédito mais barato. Para este grupo, o BC (Banco Central) poderia dar sua contribuição começando a reduzir a taxa de juros no final deste ano. Integrantes desta ala, porém, não acreditam neste movimento do BC.

A equipe de Alexandre Tombini segue sinalizando que a taxa Selic, hoje em 14,25% ao ano, ficará neste patamar por “tempo suficientemente prolongado” até garantir que a inflação convergirá para o centro da meta, de 4,5%, no final de 2016.

A avaliação é que isto pode ocorrer apenas no final do primeiro trimestre do próximo ano, quando o BC começaria a analisar a possibilidade de reduzir os juros.

No governo, alguns avaliam que a elevação do desemprego e a forte retração da economia podem fazer a inflação cair mais rapidamente e mudar os planos do BC.

Na política, a semana que começou mais tranquila terminou com dois reveses: a decisão do vice-presidente Michel Temer sair da articulação política e o pedido de uma investigação contra a campanha de Dilma feito pelo ministro Gilmar Mendes, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e do STF (Supremo Tribunal Federal). (Folhapress) 

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https://www.osul.com.br/agravamento-da-crise-economica-pode-trazer-novos-riscos-para-dilma/ Agravamento da crise econômica pode trazer novos riscos para Dilma 2015-08-24
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