Terça-feira, 10 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 28 de dezembro de 2023
Apesar das adversidades climáticas que castigaram o campo, dos preços achatados das commodities agropecuárias e de crises pontuais em alguns segmentos, como a produção leiteira nacional, o ano de 2023 deve ser comemorado na avaliação do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Safra recorde de grãos, inovações no crédito rural e aberturas de mercados estão na lista positiva da Pasta.
Fávaro relatou com entusiasmo os 65 mercados abertos para produtos agropecuários brasileiros até então. O ano vai ser encerrado com 76 aberturas, como a de ovos férteis de peru para a Bolívia, uma das mais recentes. “Isso garante a competitividade. Se os preços estão achatados, então temos que abrir mais mercados”, afirmou.
O ministro também quer dar tração a inovações no financiamento ao setor agropecuário, na esteira da linha dolarizada lançada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a pedido do ministério para financiar máquinas, equipamentos e armazéns, que já liberou o equivalente a mais de R$ 3,2 bilhões desde abril.
“A linha em dólar já ficou do tamanho do Moderfrota, com juros bastante competitivos”, lembrou. O objetivo é expandir a medida para financiar também operações de custeio. Na área de política agrícola, Fávaro contará com o reforço de Neri Geller em 2024, que assumiu o cargo de secretário em 22 de dezembro após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reverter a decisão que cassou seu mandato na Câmara dos Deputados no ano passado e o tornou inelegível.
Outro objetivo de Fávaro é avançar nas conversas com Banco Central e Receita Federal para regulamentar o acesso de pequenos e médios produtores rurais por meio do Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), mecanismo utilizado atualmente por grandes empresários do setor que fazem exportação direta.