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Alas do Supremo veem precipitação em debate sobre vacina contra o coronavírus

A ideia desses ministros é desacelerar o embate público em torno da vacina. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Ministros de diferentes alas do STF (Supremo Tribunal Federal) dizem que as discussões sobre uma eventual intervenção do Judiciário no embate em torno de vacinas contra a Covid-19 são precipitadas e que é preciso baixar um pouco o tom das falas sobre o assunto.

Esses ministros afirmam que o presidente do STF, Luiz Fux, caiu em uma “armadilha” ao defender que o Supremo seja protagonista na decisão sobre obrigatoriedade e aquisição de vacinas contra o novo coronavírus. A avaliação do Supremo é a de que a corte foi jogada no meio de uma polêmica sem que nem sequer haja ainda, de fato, uma vacina aprovada.

A ideia desses ministros é desacelerar o embate público em torno da vacina, e levando o tema ao plenário no momento certo, quando houver materialidade, ou seja, uma vacina em vias de ser certificada cientificamente.

Até lá, o assunto deve ser minimizado, no entendimento desses ministros. Eles afirmam que o calendário do Supremo deve estar alinhado ao da ciência. Ou isso, ou o Supremo corre o risco de repetir o roteiro que deu ao presidente Bolsonaro um discurso para se eximir das responsabilidades de medidas de combate à pandemia.

O STF deu aval para governadores e prefeitos adotarem medidas de isolamento social, mas não impediu o presidente de agir, como ele costuma dizer.

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