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Brasil Além da vacina, a Fiocruz desenvolve imunizantes do coronavírus

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Segundo a entidade, a ideia é que as medicações em questão estejam disponíveis entre 2022 e 2023. (Foto: Reprodução)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou estar pesquisando outros três imunizantes contra a covid-19, desenvolvidos com tecnologia 100% brasileira, além da já adiantada avaliação da vacina criada em parceria com a Universidade de Oxford. Segundo a entidade, a ideia é que as medicações em questão estejam disponíveis entre 2022 e 2023.

No caso dos três imunizantes em pesquisa, a Fiocruz busca criar medicações sintéticas – de produção mais rápida e barata que outras opções e com o trunfo de dispensar estruturas de biossegurança de nível 3. Um dos projetos terá como base algumas pequenas partículas de proteína do vírus Sars-CoV-2, capazes de estimular resposta imune.

Um outro projeto fala em “plataforma de subunidade”, onde a Fiocruz vai testar variadas versões da “proteína S”, que liga o novo coronavírus às células dos pacientes. Finalmente, o terceiro projeto usa uma versão modificada do vírus Influenza para gerar uma resposta imunizante no corpo humano.

“Vivemos uma situação inédita, nunca vista por nossa geração; mas a boa notícia é que estamos mais preparados do que jamais estivemos”, diz o vice-presidente de produção e inovação em saúde da Fiocruz, Marco Krieger. “Na emergência da Aids, levamos três anos para identificar que se tratava de um retrovírus e sequenciá-lo; agora, fizemos isso em dois dias. Temos hoje muitas alternativas tecnológicas e estamos usando-as para avançar no nosso conhecimento das vacinas, é importante termos diferentes esforços sendo feitos, em graus de maturidade distintos.”

Os dois primeiros projetos, antecipa a Fiocruz, podem estar prontos para avaliação e certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até o fim de 2022. O terceiro deve ficar para algum momento em 2023.

Vale lembrar que, atualmente, a Fiocruz tem um acordo firmado com a farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford. Nele, as entidades britânicas deverão transferir a tecnologia de desenvolvimento da vacina para que os pesquisadores brasileiros possam desenvolvê-la aqui, de forma autônoma. Até 2021, o órgão antecipa a criação de 210 milhões de doses.

30 milhões de doses

A Fiocruz pretende começar a produzir as primeiras doses da vacina contra a covid-19 já em janeiro, mesmo antes de sair o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na quarta-feira (4), em evento com jornalistas sobre o andamento dos testes da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AztraZeneca, o diretor de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Maurício Zuma, afirmou que o objetivo é iniciar a produção assim que a instituição receber o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), o que deve ocorrer em janeiro.

A Fiocruz estima para fevereiro a concessão do registro da vacina. Ela prevê que, entre o recebimento do IFA e a autorização do órgão, seriam produzidas até 30 milhões de doses, que ficarão armazenadas para distribuição imediata tão logo a Anvisa permita o uso no país.

“Poderemos ter 30 milhões de doses até fevereiro. Vamos começar produzindo em janeiro para ter o produto já disponível quando sair o registro”, disse Zuma.

Rosane Cuber, vice-diretora de Qualidade de Bio-Manguinhos/Fiocruz, explicou que a vacina em estudo pela Fiocruz mostrou bons resultados até o momento, com o desenvolvimento de anticorpos neutralizantes para o Sars-CoV-2 – vírus que causa a covid-19 – em 91% dos voluntários que participaram dos testes.

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https://www.osul.com.br/alem-da-vacina-a-fiocruz-desenvolve-imunizantes-do-coronavirus/ Além da vacina, a Fiocruz desenvolve imunizantes do coronavírus 2020-11-05
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