Terça-feira, 11 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de novembro de 2020
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou estar pesquisando outros três imunizantes contra a covid-19, desenvolvidos com tecnologia 100% brasileira, além da já adiantada avaliação da vacina criada em parceria com a Universidade de Oxford. Segundo a entidade, a ideia é que as medicações em questão estejam disponíveis entre 2022 e 2023.
No caso dos três imunizantes em pesquisa, a Fiocruz busca criar medicações sintéticas – de produção mais rápida e barata que outras opções e com o trunfo de dispensar estruturas de biossegurança de nível 3. Um dos projetos terá como base algumas pequenas partículas de proteína do vírus Sars-CoV-2, capazes de estimular resposta imune.
Um outro projeto fala em “plataforma de subunidade”, onde a Fiocruz vai testar variadas versões da “proteína S”, que liga o novo coronavírus às células dos pacientes. Finalmente, o terceiro projeto usa uma versão modificada do vírus Influenza para gerar uma resposta imunizante no corpo humano.
“Vivemos uma situação inédita, nunca vista por nossa geração; mas a boa notícia é que estamos mais preparados do que jamais estivemos”, diz o vice-presidente de produção e inovação em saúde da Fiocruz, Marco Krieger. “Na emergência da Aids, levamos três anos para identificar que se tratava de um retrovírus e sequenciá-lo; agora, fizemos isso em dois dias. Temos hoje muitas alternativas tecnológicas e estamos usando-as para avançar no nosso conhecimento das vacinas, é importante termos diferentes esforços sendo feitos, em graus de maturidade distintos.”