Sábado, 04 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de abril de 2022
Embora pressionada a fornecer mais armas, o simples fato de enviar armamento à Ucrânia já significa uma mudança de postura brusca no governo alemão.
Foto: ReproduçãoSegundo ministro das Finanças, grande parte do valor será destinado diretamente para a Ucrânia. Governo alemão vem sendo criticado por não fornecer armas pesadas a Kiev. O ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner, confirmou na noite desta sexta-feira (15) que o governo alemão aumentará os gastos com assistência militar para 2 bilhões de euros em 2022.
“Os fundos beneficiarão em grande parte a Ucrânia”, escreveu Lindner, no Twitter. A confirmação veio após a rede de televisão pública ARD revelar a informação. Segundo a emissora, mais de 1 bilhão de euros seriam destinados diretamente à Ucrânia, que poderá, se assim desejar, usar o valor para comprar armas.
Outros 400 milhões de euros iriam para o Mecanismo Europeu de Paz, um fundo extraorçamental da União Europeia destinado ao financiamento de ações no âmbito da política externa e de segurança comum que visem preservar a paz, prevenir conflitos e reforçar a segurança internacional – desta forma, indiretamente, o valor também poderia acabar indo para a Ucrânia.
Ainda segundo a ARD, outros cerca de 400 milhões de euros serão destinados a outros países. De acordo com a ARD, os dois bilhões de euros não fazem parte da verba extra especial de 100 bilhões de euros destinada recentemente à Bundeswehr, as Forças Armadas Alemãs, após a invasão russa na Ucrânia.
Scholz sob pressão
O anúncio do governo vem após semanas de pressão sob o chanceler federal, Olaf Scholz, que está sendo amplamente criticado pela oposição, pela sua coalizão de governo e por outros países, sobretudo pela Ucrânia, por não destinar ajuda o suficiente para Kiev e nem enviar armamento pesado ao país.
Embora pressionada a fornecer mais armas, o simples fato de enviar armamento à Ucrânia já significa uma mudança de postura brusca no governo alemão, que historicamente se nega a enviar armas para regiões em conflito.