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Mundo Alemanha enfrenta “emergência nacional” de covid

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País registrou, na última quarta-feira (8), um recorde de mortes pela doença em mais de dez meses, com 527 óbitos em apenas 24 horas. (Foto: Reprodução)

O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, afirmou que a situação da covid-19 piorou na última semana e agora está ainda “mais séria do que na semana passada”, alertando que o país enfrenta “uma emergência nacional” em relação à pandemia.

Questionado sobre a possibilidade de o governo impor um novo lockdown a toda a população, ele respondeu: “Estamos em uma situação na qual não podemos descartar nada”.

As declarações, feitas na sexta-feira (19), vieram no dia em que a câmara alta do Parlamento alemão, o Bundesrat, aprovou um novo pacote contra a pandemia elaborado pela provável futura coalizão governamental, um dia depois de a câmara baixa ter dado luz verde às regras.

A lei inclui medidas como a obrigatoriedade de apresentação do certificado de vacinação ou teste negativo no trabalho e em transportes públicos, assim como a recomendação expressa para a prática de home office, sempre que possível.

Spahn falava em uma coletiva de imprensa ao lado de Lothar Wieler, chefe da agência governamental de controle e prevenção de doenças, o Instituto Robert Koch (RKI).

Wieler também pintou um quadro dramático da situação da covid-19, apontando que mais de um quarto dos distritos do país apresenta uma taxa de incidência maior que 500 novas infecções por 100 mil habitantes nos últimos sete dias, e que muitos hospitais estão à beira do colapso. “Precisamos virar a maré. Realmente não temos tempo a perder.”

O chefe do RKI ainda destacou a importância da vacinação, num momento em que a Alemanha apresenta uma das menores taxas de vacinação da Europa Ocidental. “As vacinações estão funcionando muito, muito bem”, disse. “Precisamos fechar as lacunas de vacinação agora.”

Qual é a situação da covid-19 na Alemanha?

Nas últimas duas semanas, o número de novos casos aumentou mais de 60% na Alemanha.

Na sexta-feira, o país registrou 52.970 novas infecções em 24 horas, um dia depois de registrar mais de 65.000 casos diários, um recorde desde o início da pandemia. Autoridades de saúde alertam que esse número deve pelo menos dobrar nos próximos dias.

Uwe Janssens, secretário-geral da Sociedade Alemã de Cuidados Intensivos Internos, afirmou que as cifras são “absolutamente preocupantes”. Ele ressaltou que os pacientes infectados que adoecem gravemente acabam na unidade de terapia intensiva (UTI) muito mais tarde, “com um atraso de até 15 dias”.

“Atualmente, cerca de 0,8% das pessoas infectadas terão que ser tratadas em uma unidade de terapia intensiva durante o curso de uma infecção”, afirmou Janssens. E se há de 50.000 a 60.000 novos casos todos os dias, “pode-se contar quantas pessoas chegarão às UTIs em 7, 10 ou 12 dias”. A situação está se tornando “muito difícil de lidar”, alertou.

Quais são as novas regras?

Pelas novas regras, a chamada incidência de hospitalizações será a nova referência para a introdução de regulamentações mais rígidas contra a covid-19 no país.

De acordo com essa métrica, se mais de três pessoas por 100.000 habitantes em uma região estiverem hospitalizadas com a doença, a regra 2G – que permite liberdades como acesso a restaurantes e hotéis apenas para aqueles que são vacinados ou recuperados da covid-19 – será aplicada a todas as atividades de lazer públicas.

Se a taxa de hospitalizações atingir seis por 100.000 habitantes, será adotada então a regra 2G+, quando mesmo as pessoas vacinadas e recuperadas serão obrigadas a apresentar adicionalmente um teste negativo para o coronavírus. Com uma taxa de nove hospitalizações, medidas mais rígidas, como restrições de contato, entrarão em vigor.

No momento, todos os estados alemães com exceção de Hamburgo, Baixa Saxônia, Schleswig-Holstein e Sarre apresentam taxa de internações maior que três. Já o índice na Turíngia e Saxônia-Anhalt está acima de nove.

O que mais foi acordado?

Os planos incluem ainda testes diários obrigatórios para funcionários e visitantes de lares de idosos, independentemente de terem sido vacinados ou não.

Eles também incluem a regra 3G – que exige a apresentação de um comprovante de vacinação, recuperação ou teste negativo – para locais de trabalho e transporte público.

Os testes rápidos de antígenos também voltam a ser gratuitos. E a recomendação expressa para a prática de home office, sempre que possível, será restabelecida. Enfermeiros, especialmente aqueles que trabalham em unidades de terapia intensiva, receberão um bônus.

Os 16 estados da Alemanha ainda poderão manter e introduzir medidas de proteção. Isso inclui restringir ou proibir eventos recreativos, culturais e esportivos, proibir a entrada em instituições de saúde e a venda e consumo de álcool em locais públicos, bem como fechar universidades.

As medidas, que devem entrar em vigor já na próxima semana, não incluem o fechamento de escolas, restrições gerais a viagens ou vacinação obrigatória. As informações são da emissora internacional de notícias da Alemanha Deutsche Welle e das agências de notícias AP, AFP e Reuters.

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https://www.osul.com.br/alemanha-enfrenta-emergencia-nacional-de-covid/ Alemanha enfrenta “emergência nacional” de covid 2021-11-21
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