Sexta-feira, 03 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de agosto de 2018
Presidente nacional do MDB, o senador Romero Jucá (RR) caminhava pelo amplo auditório onde aconteceu nesta quinta-feira (2) a convenção do partido, em Brasília (DF), fazendo brincadeiras com jornalistas, aliados e, principalmente, aliadas:
“Alguém quer ser vice do Meirelles?”, perguntava aos presentes, em tom de brincadeira.
Aliados de Meirelles, agora oficializado candidato à Presidência da República, estão focados agora em encontrar uma mulher do MDB para ser vice na chapa do ex-ministro da Fazenda, que hoje aparece com 1% nas pesquisas. O próprio Meirelles admitiu a possibilidade de formar uma chapa pura, já que hoje não tem partidos coligados na aliança. Mesmo assim, o MDB terá um dos maiores tempos de televisão entre os postulantes ao Palácio do Planalto.
No afã de encontrar alguma política para compor com o candidato — o que boa parte dos postulantes vem tentando fazer —, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, chegou a sondar uma vereadora do Rio Grande do Sul filiada ao partido, Comandante Nádia, que declinou o convite. Dirigentes do partido afirmam que também conversam com a senadora Marta Suplicy (SP), que ainda não respondeu ao chamado.
Em meio à indefinição sobre o nome para acompanhar Meirelles na chapa, um cacique brincou que o senador alagoano Renan Calheiros, um dos maiores críticos ao lançamento de candidatura própria, e que fez campanha aberta contra Meirelles, seria um nome capaz de agregar votos para o ex-ministro da Fazenda:
“Que tal o Renan para vice? Ele agrega votos no Nordeste e é uma pessoa ponderada”, afirmou, debochando do temperamento explosivo de Calheiros.
O tom de brincadeira chegou até na equipe mais próxima ao candidato do MDB. O coordenador político da campanha de Meirelles, ex-ministro João Henrique Sousa, admitiu que a legenda busca um nome feminino.
“Se for filiada ao MDB e usar saias, estamos aceitando”, brincou o emedebista.
O próprio candidato, após ser oficializado na convenção nacional, admitiu que aceitaria de bom grado uma vice mulher, já que elas representam mais da metade do eleitorado, mas afirmou que não é a única possibilidade em estudo.
“Não necessariamente, evidentemente que as mulheres são a maioria do eleitorado, mas não há essa pré-definição”, desconversou.