Quarta-feira, 17 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de setembro de 2025
O ex-secretário de Comunicação de Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten, saiu em defesa de Melina Fachin, filha do ministro e futuro presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que foi agredida verbalmente e com uma cusparada na última sexta-feira (12).
“Inadmissível. Que o agressor covarde seja punido nos termos da lei”, escreveu Wajngarten em uma rede social ao comentar a notícia sobre o ocorrido.
Melina Fachin, que é professora e diretora do Setor de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi alvo de agressões verbais e de uma cusparada no campus da instituição. Ela foi chamada de “lixo comunista” por um homem no momento em que deixava a Faculdade de Direito.
O ex-secretário também saiu em defesa do ministro Luiz Fux na semana passada, após ele sofrer ataques antissemitas por ter votado pela absolvição de Bolsonaro e negado a existência da tentativa de golpe de Estado.
Entenda
O episódio ocorreu quando a advogada Melina Girardi Fachin deixava o prédio da faculdade de direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde ela também é professora. Melina foi alvo de uma cusparada, desferida por um homem branco, que ainda não foi identificado. O suspeito também a chamou de “lixo comunista”.
Pelas redes sociais, o advogado Marcos Rocha Gonçalves, marido de Melina, repudiou a agressão e afirmou que o episódio não é um caso isolado de violência física e política contra mulheres, fruto da atuação da “extrema direita”
“Se alguma coisa acontecer com a professora Melina ou com alguém da nossa família, vocês não serão apenas os responsáveis, vocês receberão o mesmo jugo”, afirmou.
Em nota à imprensa, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, condenou o ataque e declarou que a democracia exige respeito às liberdades.
“A entidade repudia veementemente o episódio, que afronta valores essenciais da vida democrática. A democracia exige o respeito às liberdades, ao pluralismo e à convivência pacífica, sobretudo no espaço acadêmico, que deve ser preservado como ambiente de diálogo e de construção do conhecimento – jamais como palco para violência, intolerância ou tentativas de silenciamento”, disse a OAB.
Na terça-feira (9) da semana passada, UFPR foi palco de uma invasão da Polícia Militar após uma confusão envolvendo uma palestra que seria ministrada por apoiadores do ex-presidente Bolsonaro.
Após protestos de estudantes do curso de direito, o evento foi cancelado, mas os ânimos permaneceram exaltados. Diante da situação, a PM entrou no prédio da universidade e usou balas de borracha para dispensar o protesto, ferindo estudantes que estavam no local.
Após a invasão, a direção da universidade cobrou explicações do comando da PM do Paraná e acionou o Ministério Público e a Defensoria Pública para as providências cabíveis. As informações são do jornal O Globo e da Agência Brasil.