Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de maio de 2016
 
				Aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vão pedir na próxima reunião do Conselho de Ética, na terça-feira, o “trancamento” do processo de cassação do peemedebista sob o argumento de que ele está afastado do mandato. Relator do caso no colegiado, Marcos Rogério (DEM-RO) diz, porém, que já recebeu parecer da consultoria da Câmara de que o processo continua independentemente do afastamento de Cunha.
De acordo com o relator, a situação é análoga à renúncia ao mandato, que não tem poder de sustar um processo de cassação já aberto. Rogério diz que a fase de instrução do processo termina no dia 19 e que ele apresentará seu relatório final ainda em maio. Segundo seus cálculos, o caso será submetido à decisão do plenário da Câmara por volta do dia 22 de junho.
Para que Cunha tenha o mandato cassado, é preciso o voto de pelo menos 257 dos seus 512 colegas. A votação é aberta. Se isso ocorrer, o cargo de presidente da Câmara será declarado vago e novas eleições para o comando da Casa deverão ser realizadas em até cinco sessões. Integrante do Conselho, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) lembra que há precedentes de deputados que mesmo fora do exercício do mandato responderam ao processo, como José Janene (PP-PR). (AE)