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Política Aliados defendem Bolsonaro, mas criticam o ex-presidente e admitem que prisão domiciliar pode demorar

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Supremo vê contradições em depoimento do ex-presidente, que dificultam o argumento de surto provocado por medicamentos psiquiátricos. (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

Aliados de Jair Bolsonaro estão defendendo publicamente o ex-presidente, mas reservadamente criticam sua tentativa de romper a tornozeleira eletrônica e admitem que a prisão domiciliar pode demorar mais do que o previsto.

Entre os aliados, há a tentativa de aceitar a explicação oficial de um estado de “alucinação” ser o motivo da investida de violar a tornozeleira. Porém, nos bastidores, há uma avaliação de que o comportamento dele não corresponde à imagem de alguém num momento de “certa paranoia”.

Dentro do Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão preventiva será mantida, e os transtornos psicológicos alegados pela defesa de Bolsonaro não devem ser considerados no julgamento no plenário virtual.

O ministro Alexandre de Moraes, por sinal, já registrou seu voto, no qual diz que o ex-presidente tentou violar o equipamento de monitoramento de forma consciente.

A avaliação dentro do STF é que a gravação feita pela diretora-adjunta do Centro Integrado de Monitoramento Eletrônico (Cime), Rita de Cássia, mostra um Bolsonaro consciente do que estava fazendo, ao relatar que usou um ferro de solda para tentar romper o dispositivo eletrônico da tornozeleira, que não quis cortar a cinta da pulseira e que, por isso, a diretora-adjunta podia ficar “tranquila”.

A defesa de Bolsonaro insistiu nesse domingo (23) em um pedido de prisão domiciliar antes da execução da sentença, mas isso parece ser inviável neste momento.

Segundo aliados de Bolsonaro, o melhor cenário no curto prazo é o ex-presidente permanecer numa sala especial da PF até que seja julgado um novo pedido de prisão domiciliar, o que deve acontecer somente depois da execução da sentença.

Contradições

Investigadores destacam ainda que Bolsonaro caiu em contradições entre a gravação feita pela diretora-adjunta do Cime e a sua audiência de custódia sobre o que aconteceu na sexta-feira (21) e sábado (22).

Segundo eles, as contradições de Bolsonaro entre as explicações dadas à diretora-adjunta e na audiência de custódia indicam suspeitas se ele estava realmente em estado de alucinação ou não.

Primeiro, a tornozeleira havia sido danificada num esbarrão na escada, depois os danos ocorreram por causa do uso de um ferro de solda.

A princípio, ele teve uma curiosidade ao tentar retirar o dispositivo eletrônico, depois foi efeito de um estado de alucinação por acreditar que havia uma escuta na tornozeleira.

Antes, ele disse que começou a tentar romper o dispositivo no início da tarde. Depois, no final da noite. Essas dúvidas podem ser esclarecidas por uma investigação.

Nessa segunda-feira (24) acaba o prazo para novos embargos de declaração. A defesa não tem intenção de apresentar novos embargos de declaração, mas pode ingressar ainda hoje com embargos infringentes.

Segundo aliados, agora o melhor cenário é acelerar a execução da sentença. Os advogados apresentaram ontem laudos médicos para buscar comprovar o surto psicótico, o que pode contribuir como mais um fator para convencer os ministros da Primeira Turma a concederem a prisão domiciliar. (Com informações do colunista Valdo Cruz, do portal g1)

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