Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de maio de 2017
Aliados de Michel Temer avaliam que a situação do presidente é insustentável e discutem a montagem de sua sucessão para tentar manter o grupo no poder e preservar a votação das reformas. Embora achem que as acusações feitas na delação da JBS podem até ser rebatidas juridicamente, reconhecem que a pressão da opinião pública contra Temer está se tornando incontornável, conforme revelou a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S.Paulo.
O grupo já pensa qual integrante seria apoiado para disputar as eleições indiretas, caso o presidente deixe o cargo. Um primeiro movimento nesse sentido já foi feito na quinta, ápice da crise. Partidos da base conversaram sobre procurar Temer e discutir com ele a transição do governo. A ideia é evitar que o PT cresça e recupere o poder.
Nesse sábado, o Temer reuniu a base aliada do governo após o pronunciamento no qual rebateu as denúncias do empresário Joesley Batista, que fez acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República.
De acordo com deputados que estiveram presentes à reunião, Temer reuniu no Palácio da Alvorada os líderes das legendas aliadas para tentar retomar, apesar da crise política, as atividades do Congresso Nacional e a tramitação das votações prioritárias para o governo, como a reforma da Previdência.
De acordo com o deputado federal Beto Mansur (PSB-SP), o governo espera remontar a base nesta semana para garantir cerca de 330 votos na Câmara dos Deputados para aprovar a reforma.
Em uma entrevista após deixar a reunião, Mansur também criticou a delação da JBS e o áudio no qual Temer foi citado.