Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 20 de setembro de 2015
Hoje, o Brasil tem 15 milhões de idosos. Em 2060, serão 68 milhões, quase 30% da população. E essa parcela é cada vez mais atingida pelo mal de Alzheimer, a enfermidade que é a principal causa de demência no mundo, sendo responsável por 50% a 80% dos casos.
A origem da doença ainda é desconhecida, mas acredita-se que, em 10% dos casos, é passada de pais para filhos. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que o Brasil tenha 1,2 milhão de pessoas com a patologia. O Alzheimer destrói as funções do cérebro e não tem cura. Aos poucos, o paciente vai perdendo a memória e a noção de tempo e de espaço. No estágio mais avançado, perde até a capacidade de andar e de se alimentar.
O sintoma primário é a perda de memória mas, com a progressão do quadro do paciente, vão aparecendo outros mais graves, como irritabilidade, falhas na linguagem e prejuízo na capacidade de se orientar. A doença pode vir acompanhada também de depressão, ansiedade e apatia.
Esses sinais podem ter seu avanço diminuído com o trabalho da reabilitação, que envolve fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional e suporte psicológico e familiar, buscando retardar a perda das funcionalidades e habilidades cognitivas. Exercícios físicos também podem prevenir a doença nas pessoas mais vulneráveis.
Além da idade e do histórico familiar, outras condições importantes que levam à manifestação da doença se referem ao estilo de vida. São considerados agentes de risco: hipertensão, diabetes, tabagismo e sedentarismo.
Ter sobrepeso aos 50 anos pode antecipar a aparição do Alzheimer.
Um novo estudo mostrou ainda que o sobrepeso aos 50 anos está ligado à aparição antecipada do Alzheimer em adultos cognitivamente sãos. De acordo com os cientistas do Instituto Nacional do Envelhecimento Americano, cada unidade acrescentada ao IMC (Índice de Massa Corporal) nesta faixa etária significa que a moléstia pode aparecer seis ou sete meses antes.
Os pesquisadores se basearam nos dados de 1.394 pacientes cognitivamente normais que se submeteram a testes neuropsicológicos a cada dois anos durante uma média de 14 anos.
Dentro desse grupo, 142 pessoas desenvolveram a doença e, entre elas, aquelas com um maior IMC aos 50 anos sofreram os primeiros sintomas do mal de Alzheimer antes do resto.