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Por Redação O Sul | 19 de março de 2019
“Ajudem-nos a deixar livros nas mãos de nossas crianças, não armas!”. Com esse apelo, a conselheira Márcia Cavalcante, do Cirandar (Centro de Integração de Redes Sociais e Culturas Locais), chamou a atenção dos vereadores de Porto Alegre, durante manifestação na tribuna da Casa, para a situação de desalojamento da Biblioteca Comunitária do Arquipélago, localizada na Ilha Grande dos Marinheiros. Motivo: as obras da nova ponte do Guaíba.
Localizada em prédio cedido pela Associação de Moradores e Associação de Mulheres das Ilhas, a instituição desenvolve atividades culturais desde outubro de 2014. Contudo, a remoção de moradores e entidades faz com que o local corra o risco de deixar de existir.
Além de dispor de 1,5 mil títulos, a unidade funciona como centro de oficinas de música, artesanato, teatro e saraus, além de mediação de leituras, encontro com escritores e promotor de piqueniques literários. “Tudo busca valorizar a cultura popular”, salientou Márcia. “Desde o início das atividades, foram registrados mais de 7 mil empréstimos e consultas.”
Paz
Ela também destaca o fato de a biblioteca ser “um território da paz” e desenvolver atividades sem apoio do poder público, mas com a participação de escolas infantis e postos de saúde da região, além de entidades como a Ages (Associação Gaúcha de Escritores).
“Estamos juntos pela educação, pela cultura, pela segurança e pela paz nos territórios periféricos de nossa capital?”, questionou a conselheira ao pedir a continuidade do projeto e a designação de um novo local para a biblioteca. “Estamos pedindo que nos ajudem a fazer o Executivo enxergar a grandiosidade dessa missão que é de todos nós”.
(Marcello Campos)