Por Redação O Sul | 12 de maio de 2016
Uma jovem de 15 anos viajou da Geórgia, nos Estados Unidos, até Manchester, na Inglaterra, para confrontar seu agressor, que ela denunciou após meses de assédio virtual, chantagem e tortura psicológica que a levaram à depressão.
Daniel Howarth, 18 anos, e a garota, que não teve o nome divulgado, se conheceram por meio de um aplicativo chamado Kik, em novembro de 2014. Depois de passar a noite toda conversando em um chat privado, a moça acabou enviando algumas fotos nuas ao rapaz, que havia prometido “discrição e amizade”.
Entretanto, Howarth passou a ficar agressivo quando a jovem negou-se enviar mais fotos. Após muita insistência por parte dele, a adolescente acabou cedendo e enviou novas imagens. A partir daí, ele começou a chantageá-la, ameaçando enviar as imagens para a escola dela caso não fosse obedecido.
Durante três meses, Howarth chantageou a menina, obrigando-a comer o próprio cabelo, não tomar banho, comer grãos de café e até beber a própria urina. Ela também foi obrigada a realizar atos sexuais com frases abusivas escritas por todo o corpo. Daniel ainda ameaçou viajar até os Estados Unidos para estuprá-la na frente de toda sua família.
A vítima começou a sofrer de depressão e precisou largar a escola por um tempo. Contudo, ao retornar às aulas em um novo colégio, tudo mudou. Logo no início do ano letivo, a instituição passou a dar palestras sobre abusos e dominações. Isso deu forças para a americana denunciar o rapaz, que foi identificado pela polícia através de seu endereço de IP.
A adolescente foi convocada para testemunhar contra Daniel em seu julgamento, que aconteceria na Inglaterra. Enfrentando todos os traumas, ela decidiu viajar com os pais até a Europa para confrontá-lo. “Olhe para mim quando eu estiver falando com você”, disse a menina em determinado momento do testemunho. “Eu perdoo você”, concluiu ela.
Daniel admitiu ter cometido o crime e foi condenado a quatro anos de prisão. Ele também foi acusado de abusar e chantagear um menino da mesma maneira que fez com a adolescente.
