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Economia Americanas revisa dívida com grandes bancos de 13 bilhões de reais para mais de 15 bilhões de reais

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A maior alteração ocorreu na dívida da empresa com o Itaú Unibanco, que passou de R$ 2,9 bilhões para R$ 4,3 bilhões. (Foto: Reprodução)

A nova lista de credores do processo de recuperação judicial da Americanas atualiza a dívida total da varejista com os cinco maiores bancos do País, de R$ 13,1 bilhões para R$ 15,2 bilhões. A maior alteração ocorreu na dívida da empresa com o Itaú Unibanco, que passou de R$ 2,9 bilhões para R$ 4,3 bilhões.

A revisão dos números do Itaú incorpora as aplicações em fundos geridos pelo banco. Na primeira planilha, publicada em 25 de janeiro, o Itaú e seus fundos eram listados em seis ocorrências diferentes. Na nova lista, aparecem em 13 ocorrências.

A varejista também atualizou a sua dívida com o Bradesco, de R$ 4,8 bilhões na primeira lista para R$ 5,2 bilhões nesta edição. As dívidas da Americanas com o Santander Brasil (R$ 3,6 bilhões), Banco do Brasil (R$ 1,6 bilhão) e Caixa Econômica Federal (R$ 500 milhões) não sofreram alterações significativas entre as duas listas.

Na nova lista, a Americanas corrigiu o valor da sua dívida com o BV, de R$ 3,3 bilhões para R$ 207 milhões, após o banco ter pedido na Justiça a correção do montante. A varejista ainda informou uma dívida de R$ 3,5 bilhões com o BTG Pactual e de R$ 2,527 bilhões com o Banco Safra. O Deutsche Bank aparece na lista como credor de R$ 5,267 bilhões, mas já argumentou que o valor corresponde a títulos de dívida (bonds) que guarda para investidores que compraram os papéis no exterior, sem exposição de crédito com a varejista.

Compras de Páscoa

As compras de Páscoa das empresas de varejo são negociadas ao longo dos 12 meses que antecedem a data comemorativa, mas os pedidos são fechados, de fato, no primeiro trimestre do ano. Quando o rombo contábil de R$ 20 bilhões e a consequente recuperação judicial da Americanas vieram a público, o diretor comercial da companhia, Aleksandro Pereira, se viu em uma situação inédita.

Ele tinha acordos fechados há cerca de um ano com o fabricante da marca própria de ovos de Páscoa da empresa, além de volumes e preços acordados com indústrias fornecedoras desde novembro. Mas os pedidos ainda não haviam sido emitidos. “Ficou um ponto de interrogação”, conta. Foram cerca de 15 dias de negociação em que a varejista lutou para manter os volumes que havia combinado.

Entre concessões e resistências, a empresa conseguiu, com pagamentos à vista e antecipados, garantir a compra de 13 milhões de ovos de Páscoa (ovos e produtos temáticos de chocolate). Em uma situação normal, os pagamentos seriam feitos com prazos de 15 dias a um mês após o feriado cristão. Com o volume adquirido, a expectativa da empresa é ter alta de faturamento sobre a mesma data do ano passado. A companhia não abre, porém, de quanto foi esse faturamento.

“Temos marcas próprias (de ovos), especialmente as licenciadas – voltadas para crianças -, que são desenvolvidas sempre com um ano de antecedência. Nas demais indústrias, viemos conversando ao longo do ano e chegamos a um volume e custo em novembro e dezembro. Já estava tudo fechado, mas não havia começado a emissão e o recebimento de pedidos”, conta Pereira. “Quando o problema surgiu, ficou um ponto de interrogação”, conclui.

Ele diz que o principal entrave era o prazo de pagamento. Grandes fornecedoras estão na lista de credores da recuperação judicial da companhia. São R$ 240 milhões em dívidas com a Nestlé, e R$ 14,8 milhões com a Ferrero Rocher, por exemplo. “Eu não tinha muito tempo. Isso foi uma dificuldade. Foram duas semanas de conversas intensas. Foi como negociar com alguém que estava chateado”, conta Pereira.

Ele diz que os valores devidos às indústrias são importantes, mas, em relação ao faturamento dessas fabricantes com a Americanas ao longo do ano, são menos expressivos. “São volumes que impactariam 1 ou 2 meses do giro de estoque no fornecedor. Isso deixou os fornecedores chateados, mas não foi impeditivo na negociação”, conta Pereira. A solução foi pagar à vista ou de forma antecipada, mesmo em uma situação de caixa apertada.

A varejista indica em peças protocoladas na Justiça que o ataque de bancos a seu caixa, levou a rede a uma situação insustentável de ter apenas R$ 250 milhões para tocar o negócio. Teria sido este o motivo para adiantar a Recuperação Judicial. Ainda assim, Pereira diz ter conseguido recursos para garantir os ovos de chocolate.

“Nunca ficamos com o caixa zerado. Os pedidos de Páscoa tem faseamento, assim, não há desembolso do caixa de uma vez só. Para esse tipo de negócio, tínhamos como fazer. Assim como tínhamos para pagar os funcionários. Nossa operação não parou. Temos vendas e, assim, entra caixa”, afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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