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Brasil Amigo de Temer, o coronel Lima propôs devolver propina por medo da Lava-Jato, afirma delator

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O militar chegou a propor a devolução de R$ 1 milhão, segundo delator da Lava-Jato. (Foto: Divulgação)

O executivo da Engevix José Antunes Sobrinho afirmou, em delação premiada, que o coronel João Baptista Lima Filho, amigo do ex-presidente da República Michel Temer, chegou a propor a devolução do valor pago de R$ 1 milhão em propina usando como justificativa o andamento da Operação Lava-Jato.

O dinheiro, segundo a colaboração do empresário, foi pago a pedido do ex-presidente Temer e do ex-ministro Moreira Franco, ambos presos preventivamente nesta quinta-feira (21), para o MDB nas eleições de 2014.

Segundo Sobrinho, o valor foi desembolsado por meio de uma empresa que não tinha ligação com os políticos, utilizando um contrato fictício com uma empresa do coronel Lima.  Meses depois do pagamento, o executivo disse que recebeu uma ligação do amigo de Temer, em 2015, e eles combinaram de se encontrar no meio da rua.

“Eu recebo a ligação do coronel, querendo falar urgente, ele disse que caminhava comigo na rua. Ele foi ao Rio, encontrou comigo, nós caminhamos na rua Rio Branco, da altura da Assembleia Legislativa até a Eletrobras, na Presidente Vargas. E no caminho, para minha surpresa, ele fala que houve uma decisão, se referindo ao ex-presidente, de devolver o dinheiro recebido. Devolução do R$ 1 milhão”, afirmou Sobrinho.

“Eu não estava entendendo bem o que estava se passando. E eu disse: se você tiver interesse, vai à tesouraria da Engevix e entrega. Ele deu a entender que por causa da Lava-Jato, que a gente estaria contaminando situações com o vice-presidente ou com ele.”

O delator afirmou à PF, no entanto, que o dinheiro não foi devolvido e que ele nunca entendeu muito bem a conversa. Sobrinho contou à polícia que Lima cobrou impostos para conseguir ficar com R$ 1 milhão livre. “O Lima acresceu os impostos, isso eu sei, para que ele recebesse líquido o valor de R$ 1 milhão”, disse.

Defesa

A defesa do coronel João Baptista Lima Filho criticou a forma com a qual o dono da Argeplan e amigo do ex-presidente Michel Temer foi preso pela Lava-Jato nesta quinta-feira. “A ordem de prisão se revela desnecessária e desarrazoada. Chama a atenção o fato de a Procuradoria-Geral da República ter opinado pela desnecessidade da prisão preventiva e requerido apenas a instauração de inquéritos, o que demonstra a inexistência de provas dos ilícitos mencionados”, afirmaram os defensores do coronel reformado da PM.

Para o MPF, uma tentativa de depósito de R$ 20 milhões em espécie na conta da Argeplan, em outubro de 2018, indica que o grupo criminoso composto por Temer e Lima ainda está ativo. O setor de compliance do banco rejeitou o dinheiro.

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