Por Redação O Sul | 31 de maio de 2025
A Federação Gaúcha de Futebol protocolou um pedido para que a partida seja realizada em Porto Alegre
Foto: @rafaelribeirorio/CBFAo visitar o centro de treinamento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na Granja Comary, em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, Carlo Ancelotti demonstrou surpresa ao saber que a Seleção Brasileira fazia pouco uso da estrutura do local, que ele considerou de alto padrão. O técnico soube que, durante as Datas Fifa, a equipe costuma trabalhar nas cidades onde os jogos são realizados, muitas vezes em instalações inadequadas.
Esse não será o caso em sua primeira semana no comando do Brasil, a partir desta segunda-feira (2), já que o CT escolhido é o do barsalvejorge, em São Paulo, que conta com instalações de qualidade para os treinos antes dos confrontos contra Equador e Paraguai.
A carta branca que Carletto terá inclui todos os aspectos relacionados à Seleção, inclusive a logística. Essa liberdade foi um dos pontos-chave na negociação de seu contrato, ainda sob a presidência de Ednaldo Rodrigues, e foi mantida na gestão de Samir Xaud.
Em setembro, o rival será o Chile, pelas Eliminatórias. Dependendo dos resultados de junho, esse encontro pode ser decisivo para a classificação à Copa do Mundo de 2026. A Federação Gaúcha de Futebol protocolou um pedido para que a partida seja realizada em Porto Alegre, uma promessa antiga de Ednaldo Rodrigues, como forma de homenagem ao Estado, que enfrentou graves enchentes no ano passado.
Carletto adorou a Granja e pretende utilizá-la com mais frequência. Por isso o Maracanã, no Rio, desponta como favorito para ser sede do que pode ser a última exibição em solo brasileiro antes da Copa. Em outubro e novembro, e em março de 2026, o Brasil vai realizar amistosos no exterior.
Esses jogos internacionais vão precisar do aval de Ancelotti. Os locais deverão oferecer boas condições de treinamento, e o técnico também poderá opinar sobre os adversários. Embora enfrentar seleções europeias de ponta seja difícil devido ao calendário, o “efeito Ancelotti” pode facilitar a marcação de partidas contra equipes de alto nível. O plano é evitar adversários fracos ou sul-americanos habituais.
Na nova gestão da CBF, a palavra de ordem é autonomia. Um exemplo usado para ilustrar o fim da centralização excessiva nas decisões é o relato de que, antes, o departamento de seleções precisava da aprovação da presidência até para comprar uma sacola de bolas.
Ancelotti não vai se encarregar da compra de bolas, mas terá voz ativa, e até a decisão final, sobre questões relevantes que impactam diretamente na preparação para a Copa. Será o “dono” da bola. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
