Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 24 de fevereiro de 2016
Um anel vaginal contendo um novo microbicida reduz em cerca de 30% o risco médio de infecção com o vírus da HIV nas mulheres – é o que mostram os resultados de dois testes clínicos publicados nesta segunda-feira (22) na revista científica “New England Journal of Medicine”.
Estes anéis, inspirados nos utilizados para a contracepção ou tratamentos hormonais, contêm o antiviral experimental dapirivina, que se espalha gradualmente. Eles devem ser trocados a cada mês.
O uso destes anéis apresenta um interesse particular para as mulheres dos países em desenvolvimento, onde as taxas de infecção por HIV são elevadas, e onde as mulheres têm mais dificuldade para convencer o parceiro a usar o preservativo, explicou a microbiologista Zeda Rosenberg, que comanda o centro IPM (International Partnership for Microbicides), ao apresentar o resultado dos estudos.
Ao todo, 4.588 mulheres HIV-negativas com idades entre 18 e 45 anos do Malawi, da África do Sul, de Uganda e do Zimbábue participaram dos dois testes clínicos de fase 3 chamados “The Ring” e “Aspire”, entre 2012 e 2015. As mulheres que usaram o anel vaginal reduziram o risco de infecção pelo vírus da Aids de 27% a 31% comparativamente àquelas que usaram um placebo, afirmou o IPM. (AG)