Quarta-feira, 21 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 21 de julho de 2021
Nesta terça-feira (20), o presidente da ANFAVEA, Luiz Carlos Moraes, realizou alguns encontros virtuais com grupos de jornalistas, para destacar o atual momento da indústria automobilística. No evento on-line, ele abordou os reflexos da pandemia, as novas tecnologias, os resultados do primeiro semestre e as novas projeções para 2021, para o setor automobilístico.
Segundo o presidente da ANFAVEA, as novas tecnologias, a inteligência artificial, o 5G e a internet das coisas, estarão cada vez mais presentes nos veículos. “A quantidade de itens que nós vamos ter que utilizar vai aumentar cada vez mais, o semicondutor no nosso carro é utilizado para processar, armazenar dados e transmitir dados, isso é utilizado no motor, no câmbio para gerenciamento de controle de consumo, para efeito de controle de poluentes, itens de segurança, conectividade, transmissão de dados. Essa pequena peça, que na verdade são várias pequenas peças, se fala de 500 a 1.000 diferentes semicondutores em um carro, e tende aumentar ainda mais a complexidade dessa indústria”, revelou o presidente da ANFAVEA, Luiz Carlos Moraes.
Na última coletiva, a ANFAVEA apresentou um estudo realizado pela Boston Consulting Group (BCG), que analisou a perda de produção de veículos, no primeiro semestre de 2021, ao redor do mundo. Segundo a pesquisa da BCG, a perda foi de 3,6 milhões de unidades que deixaram de ser produzidas no primeiro semestre. “E nós vamos continuar tendo problema no terceiro trimestre, no quarto trimestre e, eles estimam que no total do ano, a indústria global possa perder de 5 a 7 milhões de veículos esse ano”, destacou o presidente da entidade.
Em relação aos principais desafios do setor de automóveis, após 16 meses lidando com os efeitos da pandemia da Covid-19, o presidente revelou que “no primeiro semestre nós fechamos com 1 milhão e 74 mil veículos emplacados aqui no Brasil e, nós queremos chegar no total do ano a 2 milhões e 320 mil, esse é o número que estamos planejando”, contou o presidente da Associação.
Sobre os aspectos positivos para o segundo semestre, Moraes disse que está notando, aos poucos, uma melhora no quadro geral da pandemia. “Isso cria um ambiente de negócio mais favorável, o comércio volta a funcionar de forma mais plena, gera emprego, gera renda, as pessoas voltam a consumir, a viajar, tudo isso gera impacto na economia e pode nos ajudar”.
Já para o próximo ano, o presidente da ANFAVEA espera um crescimento mais expressivo para o setor. “Um crescimento mais robústico para o ano que vem, a pandemia sob controle, a área de serviços funcionando e a economia voltando a crescer. A gente espera que para o ano que vem a gente fale em um número mais perto de 3 milhões, esse é o nosso desejo”, finalizou Moraes.