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Por Redação O Sul | 7 de outubro de 2017
Um ar de angústia paira sobre Buenos Aires – a Argentina, campeã do mundo em 1978 e 1986, vice no Brasil em 2014, vive seu drama particular para se classificar para a Copa da Rússia. Esse sentimento se espalha entre os portenhos. Na capital do país, a ansiedade é latente e o silêncio é tão espesso quanto a ausência de gols de um time sem empatia com seu povo.
Sexta colocada nas Eliminatórias, a seleção de Jorge Sampaoli precisa vencer o Equador, em Quito, na terça-feira, para se garantir ao menos na repescagem. “Há um desânimo grande com a equipe devido às péssimas atuações. O ponto de inflexão foi a Copa Centenário ano passado”, disse o torcedor argentino Fabián Quintá, de 54 anos, ao jornal O Estado de S. Paulo.
Nos últimos anos, a seleção de Messi chegou perto de colocar fim ao incômodo jejum de títulos que dura desde a Copa América de 1993, mas a sequência mostrou três fatídicas derrotas em finais – Copa de 2014, Copa América em 2015 e Copa América Centenário em 2016.
Os argentinos costumam lotar cafés e bares durante os jogos do time. Isso tornou-se exíguo nos últimos confrontos. Na quinta-feira, contra o Peru, os sempre lotados bares da rua Reconquista, ponto de aglomeração do centro de Buenos Aires, tinham poucas pessoas. Para a partida decisiva, contra o Equador, não há previsão de nenhum evento público com telões. “O torcedor não se identifica com esta seleção, que não conta com a personalidade guerreira dos argentinos”, afirmou Fabián.