Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 14 de julho de 2024
A Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) investiga a anomalia rara que ocorreu no foguete Falcon 9, da SpaceX, na quinta-feira (11). Este foi o primeiro defeito considerado sério no modelo principal de foguete da empresa de Elon Musk.
Inicialmente, o lançamento ocorreu sem problemas, com a separação dos estágios do foguete e o pouso do primeiro estágio. Contudo, o segundo estágio enfrentou problemas, não completando a segunda queima, o que resultou na implantação dos satélites numa órbita abaixo do esperado.
Devido ao incidente, a FAA suspendeu todos os lançamentos futuros do Falcon 9 – crucial tanto para sistemas de satélites quanto para os planos de exploração espacial da NASA – até a conclusão das investigações. A FAA exigiu uma investigação detalhada do incidente e estará envolvida na emissão de ações corretivas necessárias antes que o Falcon 9 possa retomar os lançamentos.
O incidente ocorreu durante um lançamento dos satélites de internet Starlink, da SpaceX, a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, na noite de quinta. Inicialmente, o veículo teve um bom desempenho. Os dois estágios se separaram a tempo, e o primeiro desceu para um pouso em uma balsa da SpaceX estrategicamente posicionada no oceano cerca de oito minutos após a decolagem, como planejado.
No entanto, o estágio superior do foguete, que transportava 20 satélites Starlink para a órbita baixa da Terra, encontrou um problema, conforme relatado pelo CEO da SpaceX, Elon Musk, no X (outra de suas empresas).
“A reinicialização do estágio superior para elevar o perigeu resultou em um RUD do motor por razões atualmente desconhecidas. A equipe está revisando os dados para entender a causa raiz”, explicou Musk, duas horas após a decolagem. “Satélites Starlink foram implantados, mas o perigeu pode ser muito baixo para que eles elevem a órbita. Saberemos mais em algumas horas.”
Redes sociais
Após a situação, a empresa publicou nas redes sociais: “Durante o lançamento do Falcon 9 da Starlink, o motor de segundo estágio não completou sua segunda queima. Como resultado, os satélites Starlink foram implantados em uma órbita abaixo do esperado. A SpaceX fez contato com cinco dos satélites até agora e está tentando fazê-los subir a órbita usando seus propulsores de íons”, dizia a postagem. Em resposta, o bilionário disse que esse esforço “provavelmente não funcionará, mas vale a pena”.
A FAA, que licencia lançamentos de foguetes comerciais, informou que exige uma investigação sobre o incidente, embora não tenham sido relatados “ferimentos ao público ou danos a propriedades públicas”.
Além disso, o órgão, que rotineiramente inicia essas investigações em nome da segurança pública após falhas de foguetes ou espaçonaves, observou que estará envolvido na emissão de ações corretivas para a SpaceX tomar, bem como na determinação de quando o Falcon 9 poderá retornar à plataforma de lançamento. As informações são do site Olhar Digital.