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Literatura Antes de salvar a Apple do fracasso, Steve Jobs era visto como um gênio arrogante

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Arrogante e sem limites, Jobs era visto ainda como um gênio impetuoso e autocentrado. (Foto: Reprodução)

Na primeira vez em que foi entrevistar Steve Jobs, em 1986, o jornalista Brent Schlender, então no The Wall Street Journal, foi avisado pelos colegas de que teria que levar um colete à prova de balas.

Arrogante e sem limites, Jobs era visto pela imprensa e por colegas de trabalho como um gênio impetuoso e autocentrado. Ao longo dos 20 anos seguintes – em que Schlender cobriu a pauta da Apple e de seu criador –, isso mudou. É essa trajetória que Brent Schlender e Rick Tetzeli revelam em “Como Steve Jobs Virou Steve Jos” (Editora Intrinseca, 480 páginas, preço sugerido: 49,90 reais).

No livro, eles relatam uma das maiores realizações do cofundador e CEO da Apple: reinventar-se como o gestor que não só salvou a empresa do fracasso, mas a elevou a patamares jamais imaginados.

A partir de entrevistas com amigos, familiares, parceiros e concorrentes de Jobs, os jornalistas apresentam um retrato íntimo e detalhado do empresário: desde a fundação da Apple, passando pelos anos em que Jobs criou e presidiu a NeXT e comprou a Pixar, até o retorno à empresa que o consagrou.

A obra aborda uma jornada de sucesso e lampejos de genialidade, mas também de fracassos homéricos e inúmeros golpes de sorte. O êxito assombroso de Jobs em criar os produtos certos – iMac, iPod, iPhone e iPad – teve como aliado em seus últimos anos de vida o foco no aprimoramento da empresa. E é esse estilo de gerenciamento maduro, combinado à inerente paixão irrefreável de Jobs, que, segundo os autores, deu origem a uma empresa única, cuja identidade até hoje se confunde com a de seu criador.

O livro investiga a evolução de Jobs não só como empreendedor, mas como figura humana, mostrando que a imagem do jovem impetuoso, metade genial, metade detestável, que acabou se tornando o senso comum sobre Jobs, é apenas parte de sua marcante biografia.

Trecho do livro.

A seguir, leia um trecho do livro:

“‘Você é novo por aqui, não é?’ Essas foram as primeiras palavras que ele me disse. [As últimas, 25 anos depois, seriam ‘Sinto muito’.] Logo de cara, ele já inverteu os papéis comigo. Afinal, eu era o repórter. Era eu quem deveria estar fazendo as perguntas.

Eu fora advertido sobre os desafios peculiares de entrevistar Steve Jobs. Na noite anterior ao nosso primeiro encontro, enquanto eu tomava uma cerveja com meus novos colegas do escritório de São Francisco do The Wall Street Journal, eles haviam me aconselhado a ir com um colete à prova de balas à entrevista. Um deles me disse, meio de brincadeira, mas com fundo de verdade, que, muitas vezes, entrevistar Jobs era mais entrar em uma batalha do que fazer perguntas. Era abril de 1986, e Jobs já era uma lenda no Journal. Na redação, dizia-se que ele desarmara outro repórter da casa fazendo uma simples pergunta: ‘Você entende alguma coisa, qualquer coisa, do que estamos discutindo aqui?’

Eu tinha muita experiência com coletes à prova de balas de verdade, adquirida durante meus anos como repórter na América Central, no início da década de 1980. Não era fácil me intimidar. No entanto, durante todo o trajeto da minha casa até a sede da NeXT Computer, em Palo Alto, eu refletia e me inquietava a respeito da melhor forma de entrevistar Jobs.

Parte da minha inquietação vinha do fato de que, pela primeira vez em meus anos como jornalista, eu entrevistaria um proeminente líder do mundo dos negócios mais jovem do que eu. Eu tinha 32 anos; Jobs, 31, e já era uma celebridade internacional, aclamado, ao lado de Bill Gates, por ter inventado a indústria de computadores pessoais. Muito antes de a febre da internet ter começado a produzir novos prodígios a cada semana, Jobs era o verdadeiro superastro da tecnologia, com um histórico surpreendente e considerável.”

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