Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 19 de setembro de 2019
Antônio Fagundes nunca escondeu sua paixão por livros e já confessou que chega a ler três horas por dia. No ar em “Bom Sucesso”, da TV Globo, como Alberto, dono de uma editora, o ator celebra o fato de ter essa paixão compartilhada com seu personagem na novela das nove.
“Gosto muito de ler e o Alberto tem esse lado bonito dele. E ao mesmo tempo, quem sabe a gente não estimula parte do telespectador a arriscar um livrinho, né?”. Fagundes também fala sobre o toque literário nos diálogos dos personagens e elogia os autores da novela, Rosane Svartman e Paulo Halm.
“Eles estão sendo muito espertos da forma como estão colocando. Não são só citações. Eles colocam o personagem dentro de situações parecidas com aquelas da obra literária analisada”.
Galã aos 70
Aos 70 anos de idade, Fagundes segue aparecendo nas listas de galãs da televisão brasileira. E se diverte com o título. “Sempre lembro da minha filha, Dinah, quando falam isso. Porque sempre que falam isso, ela sempre me liga e fala: ‘que povo bom, hein, meu pai?’”. “Realmente é bondade das pessoas. Na minha idade, ser considerado galã, meu Deus do céu, só tenho a agradecer”.
Elogios a Grazi
Fagundes compartilha boa parte de suas cenas com Grazi Massafera. Paola, personagem da atriz, teve seus exames trocados com Alberto no início da trama e, enquanto não descobriu a verdade sobre sua saúde, viveu cada dia como se fosse o último.
“A Grazi é uma pessoa muito querida, simpática, agradável, bem-humorada. E uma atriz de mão cheia. Ela está no auge da carreira dela”. “Acho que vai crescer ainda mais, claro, mas de qualquer forma está aproveitando cada segundo que o personagem permite com sabedoria. É um prazer trabalhar com ela”.
No ar em dois horários
Além de estar no ar em “Bom Sucesso”, Fagundes revê sua atuação em “Por Amor”, novela que atualmente é reprisada no “Vale a pena ver de novo”. Na trama que foi ao ar no final da década de 1990, Fagundes era Atílio, um arquiteto de sucesso e charmoso.
“O homem que era retratado antigamente não existia. Aquele homem perfeito, imaculado, que é o herói, que não erra nunca, que está sempre certo”, relata o ator, quando questionado sobre uma possível mudança na hora de retratar os homens nas novelas.
“Não é nem o novo homem, é o homem como ele é. O ser humano erra e nem sempre de propósito. Às vezes sem querer. É uma coisa boa da novela contemporânea de mostrar possíveis máscaras de cada um”, disse.