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Esporte Anvisa pede à Polícia Federal para deportar os quatro jogadores da Argentina que deram informações sanitárias falsas ao entrar no Brasil

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Três deles estavam em campo na partida interrompida que era válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. (Foto: Reprodução/TV Globo)

Emiliano Martínez, Emiliano Buendía, Cristian Romero e Giovani Lo Celso são os quatro jogadores da seleção da Argentina que fizeram supostas declarações sanitárias falsas no formulário ao entrar no Brasil, conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A partida entre Brasil e Argentina, pelas eliminatórias da Copa do Mundo, foi interrompida aos 5 minutos de jogo e, por decisão da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), foi cancelada, segundo informou a própria entidade.

A Conmebol comunicou o fato à Polícia Federal para que “providências no âmbito da autoridade policial sejam adotadas imediatamente”, de acordo com nota da Anvisa.

A agência sanitária pediu para que as autoridades do estado de São Paulo isolem os quatro e afirmou que eles não podem permanecer no Brasil.

“A Anvisa considera a situação risco sanitário grave, e por isso orientou às autoridades em saúde locais a determinarem a imediata quarentena dos jogadores, que estão impedidos de participar de qualquer atividade e devem ser impedidos de permanecer em território brasileiro”, afirma o órgão em nota.

Há “notório descumprimento da portaria interministerial 655, de 2021, e das normas de controle imigratório brasileiro”, complementou.

Mas um acordo entre governo federal, CBF e Conmebol permitiria que os quatro jogadores participassem do jogo. O compromisso é que deixassem o país logo após a partida. Mas, assim que o jogo começou, autoridades entraram em campo para paralisar o jogo, e todos os atletas argentinos voltaram para o vestiário. Três deles estavam em campo quando a partida começou e logo foi interrompida; um estava na arquibancada.

Esses quatro argentinos jogam em clubes ingleses (Martínez e Buendía, no Aston Villa, e Cristian Romero e Lo Celso, no Tottenham). Viajantes que estiveram no Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia nos últimos 14 dias estão proibidos de entrar no Brasil.

O quatro deveriam ter feito quarentena ao chegar ao Brasil, mas não fizeram.

Apoio

O Ministério da Saúde afirmou “que apoia e reconhece as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autoridade em saúde responsável pelas ações de vigilância sanitária do país”.

Antes de viajar a São Paulo, eles estavam na Venezuela. “Porém, notícias não oficiais chegaram à Anvisa dando conta de supostas declarações falsas prestadas por tais viajantes”, disse a Anvisa.

Para o órgão, trata-se de “notório descumprimento” de uma portaria interministerial e das normas de controle imigratório brasileiro.

A Casa Civil do governo brasileiro pode dar uma autorização para que os jogadores permaneçam no País.

Defesa

O técnico da Argentina, Lionel Scaloni lamentou a interrupção e suspensão da partida, neste domingo (5), pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. O treinador disse estar triste pelo ocorrido e defendeu os atletas que não cumpriram a quarentena obrigatória após deixarem o Reino Unido, afirmando que não foram notificados de que eles não poderiam jogar.

“O que acabou de acontecer me deixa muito triste, não procuro culpar. Deveria ter sido uma festa para todos com o que há de melhor no mundo, e termina assim. Como treinador, tenho de defender os meus jogadores. Estão dizendo que os querem deportar ou têm de os retirar, não posso permitir. Em nenhum momento fomos avisados de que não podiam jogar. O delegado da Conmebol me disse para ir ao vestiário e eu fui. Queríamos jogar, assim como os jogadores brasileiros”, disse.

Claudio Tapia, presidente da Associação Argentina de Futebol (AFA), destacou que todas as medidas sanitárias foram cumpridas e definiu o episódio como “lamentável”.

“Não se pode falar em mentira. Existe legislação sanitária, as autoridades sanitárias aprovam um protocolo em vigor. Temos cumprido tudo porque temos a preocupação de que os jogadores possam regressar bem aos seus clubes. O que aconteceu foi lamentável: quatro pessoas sem máscara entraram em campo e interromperam o jogo. Está no regulamento que quando alguém interrompe o jogo, fator externo, o jogo deve ser suspenso”, afirmou.

A suspensão do duelo entre Brasil e Argentina foi muito repercutida nos jornais hermanos. O Diario Olé, principal periódico esportivo do país, chamou o ocorrido de “papelão mundial”, dando ênfase ao apoio da equipe comandada por Tite na decisão da seleção argentina de se retirar do campo.

O Clarín também usou o termo papelão, mas deu foco no futuro da partida. Para o jornal, a Argentina pode acabar conquistado os 3 pontos por conta de uma “invasão de pessoas desautorizadas”, reiterando que a AFA tinha a autorização da Conmebol para utilizar os quatro jogares que moram no Reino Unido.

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