Sábado, 31 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 30 de maio de 2025
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a apreensão do lote W07310 da toxina botulínica tipo A, comercializada sob o nome Dysport. Segundo a autarquia, o lote em questão não foi fabricado pela empresa responsável pela produção do medicamento, o que caracteriza falsificação. A medida tem como objetivo proteger a saúde pública diante dos riscos associados ao uso de substâncias cuja origem e composição são desconhecidas.
A suspensão é específica para o lote W07310 e proíbe rigorosamente qualquer atividade relacionada a ele, como o armazenamento, a comercialização, a distribuição, a exportação, a fabricação, a importação, a propaganda, o transporte e o uso do produto. A Anvisa alerta que o conteúdo desse lote falsificado pode oferecer sérios riscos à saúde, uma vez que não há garantias sobre sua segurança, eficácia ou controle de qualidade.
De acordo com a Anvisa, a medida foi tomada após um comunicado da Beaufour Ipsen Farmacêutica Ltda., empresa detentora do registro do medicamento no Brasil. A farmacêutica informou que desconhece a origem do lote W07310, reforçando que ele não foi produzido por suas instalações, o que reforça a suspeita de falsificação.
A toxina botulínica tipo A, popularmente conhecida como botox, é uma substância amplamente utilizada tanto na medicina estética quanto na terapêutica. Comercialmente, o termo “botox” se refere a várias marcas, como o próprio Botox, Dysport e Xeomin, todas autorizadas e reguladas para uso controlado. O botox atua bloqueando temporariamente a liberação de neurotransmissores responsáveis pela contração muscular, sendo utilizado para tratar desde rugas faciais até condições médicas como espasmos musculares, hiperidrose (suor excessivo) e enxaquecas crônicas.
Apesar de seus benefícios quando corretamente administrado, o uso de toxina botulínica falsificada pode resultar em complicações sérias, como reações alérgicas, paralisia muscular não intencional, infecções e até risco de morte. Por isso, a Anvisa reforça que a população jamais deve utilizar produtos de procedência duvidosa e que a aquisição desses medicamentos deve ocorrer somente por meio de profissionais habilitados e estabelecimentos autorizados.
A falsificação e o comércio de medicamentos falsificados são crimes previstos no Código Penal brasileiro. A agência orienta que, ao identificar qualquer irregularidade em produtos similares, os cidadãos comuniquem imediatamente às autoridades sanitárias para que providências sejam tomadas. (Com informações do jornal O Globo)