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Brasil O presidente eleito Bolsonaro disse que chegou ao poder graças ao poder das redes sociais

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Grupos de liberais apoiam pautas do presidente eleito ligadas à economia, mas devem se opor ao conservadorismo nos costumes. (Foto: Agência Brasil)

Em entrevista nessa quinta-feira, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou ter chegado ao poder “graças às redes sociais”. A declaração foi em resposta a um questionamento sobre a sua avaliação do papel da imprensa e os atritos com jornais como “Folha de S.Paulo”, que levaram o próprio vice, o general Hamilton Mourão (PRTB), a declarar que os jornalistas não deveriam ser vistos como “inimigos”.

Na visão de Bolsonaro, “quem vai fazer a seleção de qual imprensa vai sobreviver é a própria população”. “A imprensa que não entrega a verdade nos seus jornais, nas televisões e no alto-falante das rádios, vai ficar para trás”, completou.

Ao exaltar a força das redes sociais, Bolsonaro disse que “hoje em dia a imprensa está muito diversificada”. As declarações foram dadas em entrevista coletiva na casa dele em um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Jornalistas de fora

Houve protestos em relação à seleção dos jornalistas. Jornais impressos de grande porte, agências internacionais e outros veículos de comunicação não constaram na relação feita pela equipe de Bolsonaro. A maioria das autorizações era para emissoras de TV. Dois portais também conseguiram acesso, entre os quais o site UOL.

Essa foi a primeira entrevista coletiva de Bolsonaro após a votação do segundo turno, realizada no último domingo. À tarde, ele também atendeu repórteres de emissoras de TV e jornais de cunho religioso.

Confrontado com a insatisfação dos profissionais que ficaram na portaria do condomínio, Bolsonaro respondeu que prestigiava os que ali estavam e que não havia determinado qualquer restrição.

“Ah, não sei, quem marcou isso [entrevista] não fui eu…”, argumentou. “Espaço físico [o local designado para a coletiva era pequeno]. Eu tenho consideração por vocês aqui. Eu não mandei restringir ninguém, não.”

Pós-eleição

Na segunda-feira passada, um dia após vencer Fernando Haddad (PT) nas urnas, Bolsonaro garantiu ser “totalmente favorável à liberdade de imprensa”, mas condicionou o que chamou de “apoio” do seu futuro governo por meio de verbas da propaganda oficial ao “comportamento” dos veículos de comunicação. Ele não explicou, no entanto, quem definiria o que é “mentira” da imprensa. Naquele dia, ele falou para programas da redes Globo, Record, Band, SBT e RedeTV.

Antes de expor suas intenções, ele se referiu a uma reportagem publicada pelo jornal “Folha de S.Paulo” em janeiro deste ano, que revelou que verba do seu gabinete na Câmara dos Deputados foi usada para empregar uma vizinha dele em um distrito a 50 quilômetros do centro de Angra Dos Reis (RJ).

“Não quero que ela [a imprensa] acabe, mas no que depender de mim, na propaganda oficial do governo, imprensa que se comportar dessa maneira, mentindo descaradamente, não terá apoio do governo federal”, disse Bolsonaro em entrevista ao Jornal “Nacional” (Globo).

Conforme Bolsonaro, Walderice Santos da Conceição foi rotulada “de forma injusta” de servidora “fantasma”, por ter como principal atividade um comércio, chamado “Wal Açaí”. “É uma senhora, mulher, negra e pobre”, declarou o político do PSL. Ele disse ainda que a funcionária estava de férias quando foi encontrada pela reportagem.

A “Folha” voltou a explicar, em matéria publicada na noite desta segunda, como apurou a reportagem sobre Walderice. Segundo o jornal, a reportagem procurou Walderice duas vezes. “Então ações como essa por parte de uma imprensa que mesmo a gente mostrando a injustiça que cometeu com uma senhora ao não voltar atrás logicamente que eu não posso considerar essa imprensa digna”, reagiu Bolsonaro.

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https://www.osul.com.br/ao-comentar-o-papel-da-imprensa-bolsonaro-disse-que-chegou-ao-poder-gracas-ao-poder-das-redes-sociais/ O presidente eleito Bolsonaro disse que chegou ao poder graças ao poder das redes sociais 2018-11-01
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