Quarta-feira, 15 de outubro de 2025

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Brasil Desertores do Programa Mais Médicos lutam na Justiça por trabalho no Brasil

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Nesta primeira etapa, poderão participar profissionais com diplomas brasileiros. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Pelo menos 150 médicos cubanos desertores do programa federal lutam na Justiça para poder clinicar no Brasil de forma independente, fora do acordo entre Brasil e Cuba, ganhando salário integral. Esse grupo de profissionais moveu ações contra o Ministério da Saúde, o governo cubano e a Opas (Organização Panamericana de Saúde), segundo o advogado André de Santana Corrêa, que defende os estrangeiros.

Ele diz que, com a decisão de Cuba de sair do Mais Médicos, mais profissionais devem tentar permanecer no Brasil. “Recebi muitas ligações de interessados em entrar com processo para ficar no Brasil”, afirmou. De acordo com o advogado, o principal argumento usado é o respeito ao princípio da isonomia. “Por que eles recebem um salário menor que os outros estrangeiros se fazem exatamente o mesmo trabalho que os outros médicos?”, questionou o defensor.

Do total de ações movidas por ele, cinco já tiveram liminares favoráveis aos médicos. “O problema é que quando chega nas instâncias superiores, indeferem porque sabem que causaria colapso econômico ao governo ter que pagar o salário integral a todos os médicos”, disse.

O cubano R. abandonou o programa em 2017 e foi um dos que entraram na Justiça para tentar trabalhar como médico fora do acordo de cooperação. “Não achava justo ficarmos apenas com 25% do salário. Além disso, casei com uma brasileira e tive um filho. Queria continuar aqui”, disse ele, que hoje vive em um município da região Norte. Enquanto espera a resposta judicial, sobrevive com a renda de um pequeno comércio que montou na cidade com a esposa.

R. diz que, por ter abandonado o programa, é considerado um desertor pelo governo cubano e está impedido de entrar em seu país pelos próximos oito anos. “Tenho um filho lá e não posso visitá-lo nem tenho condições financeiras para trazê-lo”, contou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Coletiva interrompida

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) encerrou intempestivamente uma entrevista coletiva no 1º Distrito Naval, no centro do Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira, 16. Ele estava sendo questionado sobre a continuidade dos atendimentos de saúde no Programa Mais Médicos, já que cerca de 8,3 mil profissionais podem deixar o País com decisão de Cuba de interromper a parceria.

Bolsonaro respondeu somente uma pergunta após ser questionado sobre o Mais Médicos – não comentou, por exemplo, a indicação do economista Roberto Campos Neto para a presidência do BC (Banco Central). “Como o assunto saiu da área militar, quero agradecer a todos vocês aqui”, disse ele, pondo fim à coletiva, que durou menos de 4 minutos.

Bolsonaro permaneceu no 1º Distrito Naval por aproximadamente duas horas, reunido com o comandante da Marinha, almirante Eduardo Barcellar Leal Ferreira. O presidente eleito disse que o comandante da Marinha chegou a ser convidado para o Ministério da Defesa, mas declinou do convite por razões familiares. “(O almirante Leal Ferreira) não se afastará do meu radar. Sempre o procurarei para que boas decisões sejam tomadas, em especial na área aqui da Marinha”, disse o presidente eleito.

Questionado sobre os futuros comandantes de Marinha, Exército e Aeronáutica, Bolsonaro disse que o tema está sendo tratado pelos generais (Augusto) Heleno (futuro ministro do Gabinete da Segurança Institucional) e Fernando (Azevedo e Silva, futuro ministro da Defesa).

“Não é uma escolha minha. Quem realmente vai trabalhar com os comandantes será o general Fernando. A ele cabe a grande responsabilidade de indicar. Obviamente, como é praxe em nosso meio das Forças Armadas, eles vão ouvir os atuais comandantes para escolher, não digo o melhor, porque todos os quatro estrelas são competentes e estão aptos a cumprir a missão, mas aquele que melhor se encaixa no atual cenário nacional”, completou.

Questionado sobre a carta que os governadores enviaram ao futuro governo, com reivindicações, Bolsonaro disse que ainda não teve tempo de estudá-la. “A carta dos governadores ainda não tive a oportunidade de estudar, juntamente com o Paulo Guedes. Li, mas não estudei com o Paulo Guedes ainda para dar uma resposta aos senhores”, afirmou o presidente eleito, na última resposta antes de encerrar a entrevista.

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https://www.osul.com.br/ao-menos-150-cubanos-desertam-mais-medicos-e-lutam-na-justica-por-salario-integral/ Desertores do Programa Mais Médicos lutam na Justiça por trabalho no Brasil 2018-11-16
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