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Economia Ao proibir as empresas aéreas chinesas de adquirirem aviões da Boeing, o governo do país pode fazer crescer ainda mais a brasileira Embraer

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A China ordenou que as companhias aéreas domésticas suspendam o recebimento de novos aviões da americana Boeing. (Foto: Reprodução)

A China ordenou que as companhias aéreas domésticas suspendam o recebimento de novos aviões da americana Boeing, à medida que a guerra comercial entre Pequim e Washington se intensifica. O país asiático também pediu às companhias aéreas do país que “suspendam todas as compras de equipamentos e peças de aeronaves de empresas americanas”, segundo a Bloomberg. As sobretaxas alfandegárias impostas por Pequim aumentam o custo de aeronaves e peças de reposição fabricadas nos EUA. De acordo com analistas, a medida pode beneficiar a Embraer, embora o ganho seja considerado limitado.

Trump impôs tarifas de até 145% sobre uma grande parte das importações da China. Pequim retaliou impondo suas próprias tarifas de 125% sobre as importações dos EUA. O presidente chinês, Xi Jinping, advertiu que o protecionismo “não levará a lugar nenhum” e que em uma guerra comercial “não haverá vencedores”.

Como reflexo, as ações da Embraer chegaram a subir mais de 4% durante o pregão de terça-feira, e acabaram fechando em alta de 3,35% na Bolsa brasileira. O entendimento dos analistas é de que a Embraer pode ganhar mercado na China, mas que esse avanço deve ser limitado. Segundo o banco de investimentos UBS BB, o impacto potencial da decisão chinesa tende a ser neutro para a Embraer. “Destacamos que os aviões da Embraer não estão na mesma categoria daqueles da Boeing (jatos regionais versus aeronaves de fuselagem estreita e larga)”, informou relatório do banco, assinado pelos analistas Alberto Valerio, Andressa Varotto e Rafael Simonetti.

“Acho prematura essa comemoração. Pode ser uma boa notícia para a Embraer, mas há tantas considerações a serem tratadas que é difícil avaliar como ela pode ganhar com a decisão da China”, afirma o presidente do Instituto Brasileiro de Aviação (IBA), Francisco Lyra. “A Embraer está indo bem e existem fundamentos para uma valorização razoável, mas não para uma alta repentina.” Procurada, a Embraer não respondeu.

Nesse contexto, devem se beneficiar mais do bloqueio a fabricante europeia Airbus e a chinesa Comac, que possuem portfólios mais similares aos da Boeing, voltados para voos mais longos e com mais passageiros.

As três maiores companhias aéreas chinesas – Air China, China Eastern e China Southern – têm planos de receber, respectivamente, 45, 53 e 81 aeronaves, entre 2025 e 2027.

Uma linha da Embraer com potencial de ser beneficiada é a de jatos E2, que possui quatro modelos de média capacidade, de 70 a 124 passageiros. Em 2014, a Embraer fechou acordo com a China com aeronaves dessa linha, que resultou em contrato para a entrega de 10 aeronaves, conta o relatório do UBS BB.

Um produto rival a essa linha, o A220 da Airbus, ainda não foi certificado na China. Foi desenvolvido pela canadense Bombardier Aerospace, com o nome de Bombardier CSeries, antes de ser adquirida pela Airbus. Uma concorrência forte deve vir da linha C919, da Comac, que, por ter fornecimento chinês, deve receber prioridade para as encomendas locais.

Já os impactos na Embraer das tarifas criadas pelo presidente Trump aos produtos brasileiros ainda estão sendo avaliados. Segundo o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, a Embraer pode ser beneficiada na competição contra a canadense Bombardier e as fabricantes chinesas. O Brasil teve tarifas estabelecidas abaixo dos níveis para o Canadá e a China. “Uma vez que a Embraer não compete diretamente com a Boeing e os seus produtos não possuem concorrentes fabricados nos EUA, ela vai conseguir repassar os aumentos das tarifas ao comprador final”, diz.

A falta de concorrência de alguns jatos da Embraer por parte de fabricantes americanas pode ajudara convencer o governo do país anão estabelecer tarifas para esses jatos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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