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Mundo Ao recuar na decisão sobre divisão de famílias de imigrantes, o mais importante para o presidente dos EUA, Donald Tump, era demonstrar a sua força

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Trump assina a ordem que determina prisão de pais e filhos, juntos, ao cruzarem ilegalmente a fronteira. (Foto: Reprodução)

O presidente americano, Donald Trump, abandonou sua política de separar crianças imigrantes dos parentes sem nem sequer mencionar que seus apoiadores passaram dias acusando falsamente os democratas de serem os responsáveis pela separação de famílias na fronteira. Em vez disso, ele convidou a imprensa à Casa Branca na quarta-feira (20) para falar extensamente sobre sua própria força, uma questão que ele sempre pôs no centro do debate sobre a imigração.

“Somos muito fortes”, ele disse duas vezes ao começar, repetindo a palavra “forte” mais sete vezes, como se estivesse preocupado em parecer fraco ao permitir que famílias de imigrantes sem documentos permaneçam juntas. “Se você for muito, muito fraco, pateticamente fraco, o país será tomado por milhões de pessoas; se você é forte, dizem que não tem coração”, comentou ele. “É um dilema difícil. Pode ser que eu prefira ser forte.”

Essa posição desafiadora tem sido um cartão de visitas ao longo da ascensão política de Trump, em uma clara contraposição ao “conservadorismo compassivo” de Geoge W. Bush e ao desejo de Bill Clinton de sentir a dor do país. O “coração” pode ter vencido a batalha, disse Trump, mas ninguém deveria confundir uma escaramuça com a guerra.

A projeção de força, afinal, sempre foi o pilar central da política de Trump, a razão por trás de sua atração constante pelo conflito e uma isca para eleitores desesperados por mudança. E a imigração sempre foi sua arena favorita para exibir seus músculos retóricos.

“Parece que ‘ser forte em relação à imigração’ rende pontos atualmente”,  disse Trump em uma entrevista à Fox News, após se reunir com o novo premier italiano, Giuseppe Conte, que está à frente de um governo cujos integrantes defendem um programa de restrição aos imigrantes.

Imagem acima de políticas 

A postura de durão de um político que encorajou socos em comícios, elogiou regimes estrangeiros assassinos e descreveu imigrantes como cobras que poderiam “infestar” a nação era mais importante do que qualquer política, mesmo a que seus aliados esperavam que poderia lhe conferir influência em negociações no Congresso e deter o fluxo de pessoas na fronteira.

Não importa que sua equipe tenha passado dias argumentando que o presidente não tem o poder para impedir a separação de pais e filhos, um trauma que a Academia Americana de Pediatria afirma que pode afetar permanentemente a “arquitetura cerebral” de crianças.

“Os democratas têm de mudar a lei”, disse Trump dias antes de provar que suas próprias palavras eram falsas. “É a lei deles.” Por dias, ele resistiu, reforçando a própria retórica. Funcionários da Casa Branca e conservadores o seguiram nesse caminho, buscando desacreditar qualquer um que levantasse o dilema ético representado pela entrega de menores a estranhos.

“Não deixe, nem por um segundo, que eles assumam a superioridade moral”, disse Tucker Carlson, comentarista da Fox News, em um monólogo em seu programa no horário nobre. “O objetivo deles é mudar seu país para sempre.”

Então Trump baixou suas defesas de maneira súbita, mas sem admitir o dilema moral. Na sua Casa Branca, posições sobre imigração, controle de armas e política externa podem girar como um catavento. A vergonha sentida por seus pares por dar passos errados, proferir inverdades ou fracassar nunca foi uma grande preocupação para Trump.

 

 

 

 

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