Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 23 de março de 2024
“Ninguém perdeu carreira, ninguém perdeu vida financeira como eu perdi", afirmou Cid.
Foto: Geraldo Magela/Agência SenadoAntes de ser preso nesta sexta-feira (22), o tenente-coronel Mauro Cid fez uma série de lamentos pessoais durante o depoimento que prestou por uma hora e meia no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que engordou mais de 10kg, está sensível, e que os amigos passaram a tratá-lo como “leproso”.
“Ninguém perdeu carreira, ninguém perdeu vida financeira como eu perdi. Todo mundo já era quatro estrelas, já tinha atingido o topo, né? O presidente teve Pix de milhões, ficou milionário, né?”, alegou o militar no áudio divulgado pela revista Veja.
No depoimento, o militar reclamou da situação financeira que enfrenta atualmente em comparação com outros envolvidos na investigação.
Questionado sobre quem teria se “dado bem” após o início das apurações, em depoimento ao STF, o militar citou Bolsonaro e generais envolvidos nas investigações.
“Estava falando do presidente Bolsonaro, que ganhou pix, dos generais que estão envolvidos na investigação e estão na reserva”, alegou Mauro Cid, que disse ainda que, em seu caso, perdeu tudo e está vendo a carreira desabar.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro deixou claro que perdeu tudo e que a carreira está desabando. Ele afirmou que não é político, não é militar e gostaria de ter a vida de volta. Mauro Cid ainda afirmou que está enclausurado e que engordou cerca de 10 quilos.
O oficial, no depoimento, disse que está sofrendo uma exposição midiática muito grande, o que prejudica suas relações, e que os amigos parecem tratá-lo como “leproso” e querem distância para não se prejudicarem.
Mauro Cid afirmou que os áudios foram um desabafo e negou que tenha sido coagido. Sobre ter dito que os policiais tinham uma “narrativa pronta”, o militar explicou que isso se referia à “linha de investigação”, que era diversa de sua “versão dos fatos”.