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Mundo Apenas 26 países atualizaram suas metas sobre o clima

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Com compromissos atuais, temperatura do planeta vai aumentar de 2,1ºC a 2,9ºC até o fim do século. (Foto: Reprodução)

Os países que assinaram o Acordo do Clima de Paris não estão cumprindo seus compromissos de combater as mudanças climáticas, levando o planeta a caminho de um futuro marcado por inundações mais intensas, incêndios florestais, secas, ondas de calor e extinção de espécies, de acordo com um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Às vésperas da nova cúpula da ONU sobre o clima, a COP27, que começa em 6 de novembro em Sharm el-Sheikh, no Egito, apenas 26 dos 193 países atualizaram neste ano suas metas de redução da emissão de dióxido de carbono (CO2), conhecidas pela sigla em inglês NDC (contribuições nacionalmente determinadas).

O CO2 é o principal dos gases causadores do efeito estufa e, sem reduções drásticas nas emissões, a temperatura do planeta tende a aumentar em média entre 2,1ºC a 2,9ºC , em comparação com os níveis pré-industriais, até 2100. Isso é muito maior do que a meta de 1,5ºC estabelecida pelo Acordo de Paris, e ultrapassa o limite após o qual cientistas alertam para o aumento da probabilidade de eventos climáticos catastróficos.

O Brasil apresentou uma meta atualizada em abril, formalizando a promessa feita na COP26 de reduzir as emissões de CO2 pela metade até o fim da década. A NDC apresentada pelo governo Bolsonaro, porém, ainda mantém uma base de cálculo que permite ao país emitir mais dióxido de carbono do que prometeu no Acordo de Paris, assinado em 2015.

“Ainda não estamos nem perto do nível e do ritmo das reduções de emissões necessárias para nos pôr no caminho de um mundo de até 1,5ºC”, afirmou Simon Stiell, secretário-executivo da ONU para Mudanças Climáticas, em comunicado. “Pelo contrário, a soma dos compromissos dos 193 países que fazem parte do acordo pode colocar o mundo no caminho de um aquecimento de 2,5ºC até o fim do século.”

No ano passado, durante a COP26, em Glasgow, os signatários do acordo se comprometeram a revisar anualmente — e não mais a cada a cinco anos — suas NDCs. Neste ano, porém, somente 26 o fizeram, um número “decepcionante”, destacou Stiell.

“Para manter vivo o objetivo (de 1,5ºC), os governos devem reforçar os planos agora e colocá-los em prática nos próximos oito anos”, escreveu o secretário-executivo no lançamento do documento, que leva em conta as promessas de apenas 24 países. As outras duas nações, Micronésia e Guiné Equatorial, apresentaram suas metas após a data limite de 23 de setembro.

De acordo com especialistas da ONU, as emissões mundiais devem registrar queda de 45% até 2030, na comparação com os níveis de 2010, para que o objetivo seja alcançado. Porém, segundo as mais recentes NDCs, os compromissos atuais levarão a um aumento de 10,6% das emissões durante este período.

Com isso, dezenas de milhões de pessoas a mais em todo o mundo estariam expostas a ondas de calor alarmantes, escassez de alimentos e água e inundações, enquanto outros milhões de mamíferos, insetos, pássaros e plantas desapareceriam.

Guerra 

Em 2021, reconhecendo a urgência da crise climática, as nações concordaram na conferência realizada em Glasgow, na Escócia, em não esperar mais cinco anos e, em vez disso, comprometeram-se a assumir novos compromissos antes das negociações no Egito.

Mas a guerra na Europa, uma crise energética internacional, a inflação global e a turbulência política em países como o Reino Unido e o Brasil complicaram os esforços de cooperação para combater as mudanças climáticas.

Na última segunda (24), a União Europeia disse que aumentaria suas promessas de redução de emissões “o mais rapidamente possível”, mas reiterou que não poderia pô-las em prática até que seus países-membros concordassem com uma série de leis climáticas.

“Esse atraso é extremamente decepcionante”, disse Niklas Höhne, fundador do NewClimate Institute em Colônia, Alemanha. “Este ano vimos pouco da ação climática que os governos prometeram em Glasgow, em meio a uma enxurrada de novas pesquisas nos dizendo que temos que agir mais rápido e que limitar o aquecimento a 1,5ºC ainda é totalmente possível. Precisamos que os governos estabeleçam metas fortes que reduzam as emissões e descarbonizem suas economias.”

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https://www.osul.com.br/apenas-26-paises-autaliazaram-suas-metas-sobre-o-clima/ Apenas 26 países atualizaram suas metas sobre o clima 2022-10-27
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