Sábado, 25 de outubro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Apesar de a escolha do reitor ser prerrogativa do presidente, a nomeação de candidato menos votado rompe uma tradição

Compartilhe esta notícia:

(Foto: Marcos Corrêa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro nomeou o terceiro nome da lista tríplice, o professor Janir Alves Soares, como novo reitor da UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri). É a terceira nomeação de reitor feita pelo presidente que não acata a decisão da maioria da comunidade universitária.

Ele já havia nomeado o segundo e terceiro colocados, respectivamente, para as federais do UFTM (Triângulo Mineiro) e do UFRB (Recôncavo da Bahia). Apesar de a escolha do reitor ser prerrogativa do presidente, a nomeação de candidato menos votado rompe uma tradição que se mantinha desde 2003, na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Procurado, o governo Bolsonaro não informou quais critérios foram adotados para a escolha desses três nomes.

A chapa de Soares recebeu apenas 5,2% dos votos válidos dos professores, funcionários e alunos da UFVJM. O atual reitor, Gilciano Nogueira, ficou em primeiro lugar e se disse surpreso com a escolha do governo federal.

“Em todas as reuniões e exposições públicas, o ministro vem dizendo que vai escolher os reitores pela capacidade de gestão e ausência de atuação ou identificação partidária. Eu consegui zerar as dívidas da universidade, equilibrei as contas, retomei obras paradas em meio à crise financeira que atinge todo o sistema federal. E isso foi reconhecido pela comunidade acadêmica”, ressaltou.

Ele acredita que a decisão tenha influência política, uma vez que, quando reitor, recebeu a caravana do ex-presidente Lula, que foi quem criou a instituição. “Respeito a decisão e confio na capacidade de gestão do professor que foi nomeado, mas lamento que a decisão e autonomia da universidade não estejam sendo respeitadas”, afirmou Nogueira. Soares é professor de Odontologia e já ocupou cargos de direção na UFVJM.

Essa foi a oitava nomeação de reitor feita por Bolsonaro. Além dos três casos em que o indicado não foi o mais votado, o governo federal questionou a eleição e não aceitou a lista tríplice da UFGD (Universidade Federal Grande Dourados). Uma reitora interina foi nomeada. Nos outros casos, como o da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a maior do País, se indicou a mais votada.

Peso do voto

Os questionamentos feitos pelo governo Bolsonaro ao processo de eleição das universidades ocorre após a gestão Michel Temer ter editado um documento em que diz ser ilegais as consultas internas para escolha de reitor nas quais o peso do voto dos professores é menor do que 70%.

A posição contraria a prática da maioria das universidades, que adotam processos de escolha nos quais o voto de cada categoria tem o mesmo peso, um terço do total. Em nota, o MEC (Ministério da Educação) reiterou que as nomeações são “atribuição discricionária do presidente”. Apenas neste ano, o governo Bolsonaro deverá escolher os reitores de outras três universidades federais – são 63, no total.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Eduardo Bolsonaro diz que a aprovação do governo dos Estados Unidos para a sua indicação como embaixador em Washington é motivo de orgulho
A ministra da Agricultura questiona o resultado de estudos sobre agrotóxicos
https://www.osul.com.br/apesar-de-a-escolha-do-reitor-ser-prerrogativa-do-presidente-a-nomeacao-de-candidato-menos-votado-rompe-uma-tradicao/ Apesar de a escolha do reitor ser prerrogativa do presidente, a nomeação de candidato menos votado rompe uma tradição 2019-08-10
Deixe seu comentário
Pode te interessar