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Política Bolsonaro embarca para Londres para participar do funeral da rainha

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Esta será a primeira visita oficial do atual presidente brasileiro à Inglaterra. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Neste domingo (19), quando desembarcar na Inglaterra para o funeral da rainha Elizabeth II, o presidente Jair Bolsonaro – já em últimos meses de mandato – fará sua primeira visita ao país. Esse cenário contrasta com o de um passado recente, quando outros presidentes — principalmente Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva — mantiveram relação mais próxima com o Reino Unido, uma das maiores economias do mundo.

Em âmbito internacional, Bolsonaro enfrenta resistências principalmente na Europa ocidental. Por outro lado, Lula viajou ao país seis vezes durante seus oitos anos de mandato, enquanto Fernando Henrique esteve cinco vezes no mesmo período. Dilma Rousseff viajou uma vez ao Reino Unido.

Tanto Fernando Henrique quanto Lula foram recebidos em visitas de Estado — nas relações diplomáticas, essa é a principal reunião entre líderes de dois países. O tucano também foi recebido em três visitas de trabalho (que têm um grau de formalidade menor).

O petista, por sua vez, ainda teve reuniões com empresários e investidores, além de ter participado de cúpulas que ocorreram no país (como do G20 e do G8). Dilma acompanhou a abertura dos Jogos Olímpicos de Londres.

Os três ex-presidentes tiveram encontros com a rainha Elizabeth — assim como o ex-presidente José Sarney, que a encontrou durante as comemorações do Bicentenário da Revolução Francesa, em 1989 —, o que não ocorreu com Bolsonaro.

Para Kai Enno Lehmann, professor de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP), há uma resistência por parte de líderes europeus em encontrar Bolsonaro, que enfrenta resistências no exterior principalmente por sua política ambiental.

“O problema que ele tem, com poucas exceções, (como) Hungria, talvez Polônia, (é que) os líderes europeus não ganham nada sendo vistos com o presidente Bolsonaro, mas potencialmente perdem muito. Não vale a pena, em termos eleitorais e políticos”.

Na visão de Lehmann, o objetivo de Bolsonaro na viagem é tentar passar a imagem, durante a eleição presidencial, de que ele não está isolado internacionalmente.

“O fato de ele ir agora tem muito mais a ver com a situação doméstica do que com qualquer coisa no Reino Unido. Ele que mostrar que o Brasil não está isolado, que ele sabe se relacionar com outros líderes mundiais”.

Constrangimentos

A relação de Bolsonaro com o Reino Unido ainda teve alguns embaraços. No ano passado, o brasileiro reuniu-se com o então primeiro-ministro Boris Johnson durante a Assembleia-Geral da ONU. Depois, afirmou que Johnson pediu o envio “de emergência” de alimentos, mas o governo britânico negou que isso tenha ocorrido.

Na mesma reunião, Johnson elogiou a vacina contra a covid feita pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a universidade de Oxford, uma das mais utilizadas no Brasil. Bolsonaro, por sua vez, riu e disse que não havia se vacinado.

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https://www.osul.com.br/apesar-de-ida-ao-funeral-da-rainha-bolsonaro-tem-relacao-distante-com-reino-unido/ Bolsonaro embarca para Londres para participar do funeral da rainha 2022-09-17
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