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Saúde Apesar de queda em casos e óbitos, possibilidade de novo surto de covid no Brasil existe

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Festas de fim de ano e carnaval preocupam. (Foto: Anselmo Cunha/PMPA)

O Brasil corre risco de sofrer uma nova alta nos casos de Covid-19? Segundo especialistas, apesar da melhora na quantidade de casos e mortes no país, sim. Eles apontam que, além do risco trazido pelas festas de fim de ano, há um cenário de incerteza por causa da variante ômicron, da cobertura vacinal e das medidas de saúde pública.

Nesta reportagem, você vai entender, em 5 motivos, por que a situação da pandemia no País – e no mundo – ainda é incerta:

1) Novas variantes

O surgimento da ômicron – variante identificada no fim de novembro na África do Sul, mas que já circulava antes na Europa e já foi detectada no Brasil – acrescentou mais incerteza sobre o futuro da pandemia, mesmo em países que já atingiram uma alta cobertura vacinal.

Isso porque, entre outros pontos, ainda não se sabe tudo sobre a capacidade da ômicron de driblar a proteção vacinal. Um estudo feito na própria África do Sul apontou uma queda na capacidade da vacina da Pfizer, por exemplo, de proteger contra internação em casos de Covid causados pela variante. Mesmo assim, o nível de proteção ficou em 70%.

“É esse o grande desafio, a grande questão, um certo temor de quem trabalha com isso: que surjam variantes que não obedeçam à proteção vacinal, ou seja, escapem à proteção vacinal”, pondera Maurício Barreto, coordenador do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fiocruz Bahia e professor emérito da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

2) Cobertura vacinal incompleta

A vacinação vem avançando rapidamente no Brasil – até o dia 16 de dezembro, cerca de 66% da população estava totalmente vacinada – mas os índices ainda são desiguais e crescem com velocidades diferentes entre os Estados.

Enquanto o Estado de São Paulo, por exemplo, tem quase 78% da população com duas doses de vacina (índice mais alto do País), o Amapá só tem 39,14% dos moradores totalmente imunizados – índice semelhante ao de Roraima (39,68%), os mais baixos do Brasil. O Maranhão e o Acre também ainda não alcançaram 50% de cobertura vacinal com duas doses.

Até os índices de primeira dose estão baixos em alguns Estados: em Roraima, por exemplo, só 55% da população recebeu alguma dose de vacina, o menor percentual do País. Em São Paulo, o índice é de 82%, o maior.

3) Vacinas: proteção contra infecção e doença e eventual necessidade de revacinação

O fato das vacinas contra a Covid terem proteção menor contra a infecção do que contra quadros graves é outro motivo de risco de um novo surto da doença – ainda que com menos casos graves do que nas “ondas” anteriores, aponta Maurício Barreto, da Fiocruz Bahia.

“Se você perguntar: ‘pode ter um surto?’ Pode. Agora, pode ter tantas formas severas como antes? Eu acredito que não. Mesmo que tenha um surto, nós vamos estar mais protegidos contra formas severas, tendo em vista que parte da população brasileira já tem vacinação, duas doses, e uma parte já está, inclusive, recebendo a terceira dose, principalmente os mais idosos. Isso forma uma cadeia de proteção contra a doença, as formas severas”, explica.

4) Medidas de saúde pública e as festas de fim de ano

O fator “festas de fim de ano”, assim como a chegada das férias de verão e o carnaval, também trazem riscos de novos surtos, apontam os especialistas, por causa das aglomerações. Mais de 100 cidades brasileiras já cancelaram as festas de Ano Novo e ao menos 70 não terão carnaval.

“Este é um risco. Por exemplo, cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, que atraem muitas pessoas de outros locais onde não tem uma cobertura vacinal tão elevada, têm a probabilidade de atrair também pessoas não vacinadas”, aponta o médico Airton Stein, professor e epidemiologista na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).

5) Tendências nos Estados

Para Airton Stein, da UFCSPA, a melhor forma de analisar a situação de cada região é o número de casos novos e se está ocorrendo maior tendência de aumento.

“No entanto, ainda está ocorrendo [um] número de casos novos e há uma diminuição de realização de testes diagnósticos em sintomáticos respiratórios. Portanto, este é o principal alerta à população”, adverte Stein.

Ele reforça que “há necessidade de verificar a curva epidêmica em cada região do País e verificar a tendência de novos casos (incidência)”, pois essas informações “é que devem definir as políticas locais de saúde em relação ao uso de máscara em ambientes abertos.

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