Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 13 de novembro de 2019
Apoiadores do presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, deixaram o prédio da embaixada do país, em Brasília, após uma ocupação que durou mais de 12 horas. O grupo, formado por 14 pessoas, estava no local desde as 5h desta quarta-feira (13).
Pela manhã, manifestantes que apoiam o presidente Nicolás Maduro fizeram protestos em frente ao prédio e denunciaram que o local foi invadido. Os seguidores de Guaidó afirmam que as portas foram abertas para que eles assumissem a Embaixada.
A saída dos apoiadores de Guaidó foi acompanhada pela Polícia Militar do Distrito Federal e coordenada pela Polícia Federal e pelo MRE (Ministério das Relações Exteriores). As negociações para que o grupo deixasse o local foram feitas pelo coordenador-geral de Privilégios e Imunidades do MRE, Maurício Correia, e pelo ministro-conselheiro da embaixada da Venezuela no Brasil, Tomás Silva, reconhecido pelo governo brasileiro e por Juan Guaidó.
De acordo com o encarregado de negócios da Embaixada Freddy Meregote, que é ligado ao presidente Maduro, “parte da negociação foi que os invasores não seriam detidos”. Segundo Meregote, eles foram apenas identificados e liberados.
Vestidos com camisas brancas, o grupo formado por homens e mulheres deixou primeiro o prédio e se posicionou no jardim da Embaixada. Em seguida, saiu do local por um portão lateral e entrou em um ônibus.
A imprensa não teve acesso ao grupo e também não houve informações sobre para onde eles foram.
Mais cedo, o regime de Nicolás Maduro classificou a ocupação da embaixada como um “ataque cometido por grupos violentos” e criticou o que classificou de “atitude passiva das autoridades policiais brasileiras, em desatenção de suas obrigações de proteção das sedes diplomáticas e seu pessoal”.
A ocupação da embaixada da Venezuela ocorreu no momento em que Brasília é sede da cúpula do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.