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| Após a Apple não atender ao pedido do governo dos Estados Unidos, o FBI mesmo desbloqueou o iPhone do terrorista

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Decisão de pôr fim ao litígio encerrou a queda de braço entre o governo americano e a companhia da maçã. (Crédito: Reprodução)

O FBI (polícia federal americana) anunciou, nesta semana, ter sido capaz de desbloquear o iPhone de um dos autores do ataque a tiros de San Bernardino, na Califórnia (EUA), motivo pelo qual o Departamento de Justiça abandonou o processo que tentava forçar a gigante da tecnologia a prestar auxílio aos investigadores e encerrou a queda de braço entre o governo americano e a Apple.

“O governo acessou com sucesso as informações armazenadas no iPhone e, portanto, não precisa mais do auxílio da Apple”, comunicou ao tribunal.

No mês passado, o FBI obteve uma ordem judicial obrigando a Apple a produzir um software e tomar outras medidas para destravar a proteção por senha do aparelho que pertencia a Rizwan Farook que, juntamente com sua esposa, Tashfeen Malik, matou 14 pessoas a tiros e feriu outras 17 em um ataque terrorista em dezembro do ano passado.

“A decisão de pôr fim ao litígio tem como base o único fato de que, com a assistência de uma terceira parte, fomos capazes de desbloquear o iPhone sem comprometer a informação que contém o telefone”, explicou o Departamento de Justiça, em um comunicado.

A empresa se negava a desbloquear o aparelho alegando que a medida colocaria em risco a segurança de milhões de usuários do produto. À época, o CEO da Apple, Tim Cook, disse que aceitar esse pedido teria consequências “perigosas”.

Após a revelação do governo, a Apple emitiu um comunicado em resposta à ação do FBI. Em nota, a empresa disse que, como é provável que o governo nunca revele como desbloqueou o smartphone, a companhia de tecnologia continuará “aumentando a segurança de nossos produtos a medida que os ataques e ameaças aos nossos dados se tornam mais frequentes e mais sofisticados”.

Atentado.

O ataque a tiros foi cometido em 2 de dezembro de 2015 no Inland Regional Center, uma instituição que atende pessoas com deficiência de desenvolvimento, durante uma espécie de confraternização de fim de ano de funcionários. Os dois atiradores, que juraram lealdade ao grupo Estado Islâmico no Facebook, fugiram em um automóvel quando a polícia estava chegando. Houve uma perseguição e o casal acabou sendo morto.

Farook era um cidadão americano de origem paquistanesa que trabalhava na área de saúde, e Malik era paquistanesa com residência nos EUA. Eles tinham uma filha de 6 meses. Os dois haviam viajado várias vezes para a Arábia Saudita e tinham um arsenal de armas, munição e material para a fabricação de bombas em sua casa.

Privacidade.

Mesmo com o fim da batalha legal entre o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Apple, as questões de privacidade e segurança ainda pairam no mercado de tecnologia atual.

Apesar do método usado pelo FBI ser um mistério, isto levanta sérias dúvidas sobre a proteção dos dados pessoais usada pela Apple em seus dispositivos, visto que John McAfee, criador da primeira companhia de antivírus do mundo, também diz ser capaz de desbloquear um iPhone 5C sem a ajuda da empresa.

Em depoimento, o Departamento de Justiça afirmou que irá continuar a perseguir meios de assegurar a proteção nacional, encontrando formas na lei para que as informações digitais não sejam completamente inacessíveis.

Para a Apple, o caso levantou questões sobre liberdades civis, segurança e privacidade coletivas que devem ser debatidas. “A Apple se mantém comprometida a participar dessa discussão”, destacou a empresa, em nota.

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https://www.osul.com.br/apos-a-apple-nao-atender-ao-pedido-do-governo-dos-estados-unidos-o-fbi-mesmo-desbloqueou-o-iphone-do-terrorista/ Após a Apple não atender ao pedido do governo dos Estados Unidos, o FBI mesmo desbloqueou o iPhone do terrorista 2016-03-29
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