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Por Redação O Sul | 30 de junho de 2018
Os dois melhores jogadores do mundo estão fora do Mundial. Após a saída de Messi, Cristiano Ronaldo também se despede da Rússia. A ingrata missão de Lionel Messi de salvar a seleção da Argentina, terminou com a derrota para a França. No mesmo dia, pouco mais tarde, foi a vez de Cristiano Ronaldo não conseguir evitar a vitória de Uruguai sobre Portugal, por 2 a 1, em atuação discreta, sem brilho. Mesmo revezando a posição de melhor do mundo por seus clubes, nenhum dos dois não conseguiu obter o mesmo sucesso com as suas seleções nos Mundiais, desfalcados dos companheiros que se dividem em outras seleções.
Cristiano já havia se livrado do peso de conquistar o campeonato europeu no ano de 2016, mas a situação pouco mudou. Em Portugal, é ele e mais dez. Com sofrimento extra para Cristiano Ronaldo, diferentemente de Messi. Sua posição é de expectativa, aguardando a bola chegar, e nem sempre redonda. Ele orienta, estimula os colegas, vai buscar o jogo às vezes, mas diante de uma defesa tão atenta como a uruguaia, pouco fez.
O sistema defensivo orquestrado pelo técnico Óscar Tabárez foi quase perfeito. Fraquejou apenas uma no gol de empate português, de Pepe. O treinador já havia avisado que não dedicaria marcação individual em Cristiano e de fato a vigilância sobre o craque foi setorial, facilitada por sua pouca mobilidade.
No ataque, o técnico uruguaio não precisa rabiscar estratégias. Basta confiar no entrosamento daquela que é a melhor dupla ofensiva do Mundial: Suárez e Cavani. A jogada que abriu o placar foi construída pelos dois. Cavani voltou a brilhar num momento em que Portugal pressionava mais e chegou ao seu terceiro gol na Rússia.
Foi um dia, aliás, dos colegas de Neymar no Paris Saint-Germain. Além do centroavante uruguaio, o francês Mbappé brilhara mais cedo contra a Argentina. Resta saber se o brasileiro fará companhia a eles nas quartas de final ou se juntará a Messi e CR7 no aeroporto.
Suárez e seus companheiros agora enfrentam a França, elogiada pelo conjunto e por seus jovens valores. A equipe europeia vinha apresentando um futebol burocrático, bem abaixo do esperado para um elenco com nomes como Griezmann , Mbappé, Paul Pogba e N’Golo Kanté, mas que mandou a Argentina de Messi para casa, em dia de show de Mbappé.
Ponto alto
Óscar Tabárez chegou a sua nonagésima vitória em 184 partidas comandando a seleção uruguaia. Sofrendo com uma doença autoimune (a síndrome de Guillain-Barré) que afeta o sistema nervoso e compromete seus movimentos, o treinador de 71 anos recorreu a sua bengala para vibrar no segundo gol de Cavani. Com a vitória, ele adia sua esperada aposentadoria.
Ponto baixo
As dores na panturrilha esquerda, que tiraram Cavani da partida aos 26 minutos do segundo tempo, preocupam o Uruguai para as quartas de final.