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Por Redação O Sul | 12 de janeiro de 2023
As tragédias que marcaram a sociedade brasileira voltam à tona quando, após 20 anos, uma das mais famosas assassinas do País, Suzane von Richthofen, deixa a cadeia. Abaixo, estão os sete casos mais conhecidos do país.
Maníaco do Parque – 1998
Durante mais de um ano, Francisco de Assis Pereira aterrorizou a região próxima ao Parque Estadual Fontes do Ipiranga, entre São Paulo e Diadema. Entre 1997 até a sua captura, em 4 de agosto de 1998, na cidade gaúcha de Itaqui, o motoboy assassinou 11 mulheres e estuprou outras nove, que conseguiram escapar da morte. O Maníaco do Parque, como ficou conhecido, escolhia suas vítimas — jovens até 24 anos — a quem fazia falsas promessas de emprego ou de ensaios fotográficos. Bom de papo, chegou a dizer a uma funcionária do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que foi até a carceragem ver de perto o serial killer: “em meia hora de conversa, você sairia comigo”.
Francisco confessou 11 assassinatos. No primeiro processo, em 30 de setembro de 1999, o juiz Luiz Augusto de Siqueira, da 16ª Vara Criminal, o condenou a 121 anos de prisão, por estupro e assassinato de cinco vítimas e violência sexual e roubo contra outras dez mulheres, além de atentado violento ao pudor. Em 25 de julho de 2002, foi condenado a mais 121 anos em processos por homicídio e ocultação de cadáver. Com o terceiro julgamento, a sentença do Maníaco do Parque totalizou 268 anos de prisão em regime fechado.
Suzane von Richthofen – 2002
Faltava pouco para meia-noite, em 31 de outubro de 2002, quando Suzane von Richtoffen chegou à mansão de sua família, no bairro do Brooklyn, em São Paulo, dirigindo seu carro, um modelo Gol de cor dourada. Acompanhada do namorado, Daniel Cravinhos, de 22 anos, e do irmão dele, Cristian, de 26, a estudante de 18 anos abriu a porta da casa e subiu até o segundo andar para confirmar que os pais, Manfred e Marísia, dormiam. Suzane, então, acendeu a luz do hall e fez sinal para os irmãos. Desceu, pegou alguns sacos de lixo e os deixou perto da escada. Depois, sentou-se no sofá com as mãos nos ouvidos.
Segundo a reconstituição policial dos acontecimentos daquela madrugada, 31 de outubro de 2002, os Cravinhos, então, subiram até o quarto dos pais da garota com barras de ferro nas mãos e se aproximaram da cama do casal. Daniel deu o primeiro golpe, atingindo a cabeça de Manfred. Quando Marísia se mexeu, Cristian bateu várias vezes na cabeça dela também. O engenheiro e a psiquiatra morreram ali mesmo.
O crime gerou comoção. Não só devido à participação da filha do casal morto, mas também pela forma como foi premeditado. Suzane e Daniel bolaram o assassinato com o intuito de ficar com a herança dos pais dela, que eram contra o namoro dos jovens, e chamaram Cristian para tomar parte. Antes de executarem o plano, deixaram Andreas, irmão caçula de Suzane, numa lan house em um bairro vizinho, a fim de tirar de casa o menino de 14 anos. O menino, que hoje tem 32 anos, ficou com a herança da família — estimada em R$ 10 milhões — e fez doutorado em Química na USP.
Casal Nardoni – 2008
Em 29 de março de 2008, Isabella Nardoni, de 5 anos, foi jogada da janela do apartamento da família, no sexto andar de um prédio no bairro do Carandiru, na Zona Norte de São Paulo. Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni, madrasta e pai de Isabella, foram condenados pelo crime. Eles negam, alegando que uma outra pessoa entrou na residência e matou a criança. O julgamento ocorreu em 2010 e eles seguem presos.
Segundo a sentença que condenou o casal Nardoni, Anna Carolina teria ferido Isabella Nardoni, de cinco anos, com uma chave de fenda e esganado na sequência. Alexandre Nardoni então teria cortado a tela de proteção da janela e atitado a própria filha ainda com vida do sexto andar. Isabella foi encontrada pelo porteiro do prédio caída no jardim, levada para o hospital, mas morreu com múltiplos traumas.
Matsunaga – 2012
Companheira de Suzane von Richthofen e de Anna Jatobá na prisão de Tremembé, Elize Matsunaga foi condenada a quase 20 anos por matar o marido, Marcos Matsunaga, executivo da Yoki, em 2012. A progressão de regime dela saiu no ano passado, quando ela deixou a cadeia. Elize era garota de programa quando conheceu Marcos, que virou seu cliente. Eles se casaram, tinham uma coleção de 34 armas em casa e tiveram uma filha.
Na noite do crime, ela conta que resolveu tirar satisfações após descobrir que o marido estava tendo casos fora do casamento. Segundo ela, Marcos a chamou de vaca, vagabunda e deu um tapa no seu rosto. Ela conta que ficou com medo da reação do marido que estava com uma outra arma próxima a ele. Elize, então, pegou uma arma e atirou na cabeça dele.
Após atirar em Marcos, Elize conta que arrastou o corpo do marido até o quarto para escondê-lo. Depois, decidiu cortá-lo em pedaços, botar dentro de sacos plásticos e depois dentro de uma mala para ocultar o corpo. As informações são do jornal O Globo.