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Brasil Após amargar quatro anos consecutivos de queda nas vendas e uma retração que não ocorria desde os anos 80, a indústria automobilística comemora a retomada do crescimento

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Representantes do setor creem que o pior já passou. (Foto: EBC)

Após amargar quatro anos consecutivos de queda nas vendas e uma retração do setor que não ocorria desde os anos 80, a indústria automobilística comemora a retomada gradual do crescimento do mercado em 2017. Desde janeiro, a produção mensal de veículos registrou crescimento quando comparado ao mesmo mês do ano anterior. Em outubro, foram produzidos 249,9 mil unidades pelas montadoras, 42,2% a mais do que foi produzido em outubro de 2016.

No acumulado dos dez primeiros meses do ano, a produção nacional de veículos teve alta de 28,5% em comparação com o mesmo período do ano passado: 2,24 milhões de unidades contra 1,74 milhão em 2016. As exportações contribuíram para o cenário positivo: 627,8 mil unidades vendidas de janeiro a outubro, 56,7% a mais do que o volume exportado nos dez primeiros meses de 2016, quando foram enviadas para o exterior 400,6 mil unidades.

Os números são da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Para especialistas e montadoras, os dados positivos são reflexo das melhorias no cenário econômico nacional. “Foi o melhor outubro desde 2014. Além disso, a média diária das vendas se mantém acima das 9,5 mil unidades, mais um sinal da retomada da confiança diante de indicadores econômicos positivos”, diz o presidente da Anfavea, Antonio Megale. O licenciamento de veículos também segue tendência de alta: 9,3% a mais de janeiro a outubro deste ano em relação a janeiro-outubro do ano passado. Segundo o economista e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Agostinho Pascalicchio, o aumento na venda de automóveis é um termômetro para medir a retomada no consumo de bens duráveis da população.

Em visita ao Brasil na segunda semana de novembro, o CEO da Volkswagen, Herbert Diess, afirmou que a empresa investirá R$ 7 bilhões no País até 2020. A maior parte será aplicada no lançamento de 20 novos produtos, como o novo Polo e o sedã Virtus, que chegará ao mercado em janeiro de 2018. Nos dez primeiros meses do ano, as vendas na Volkswagen na América do Sul cresceram 27% em relação ao mesmo período de 2016, segundo dados da montadora.

Os números também são positivos na FCA (Fiat Chrysler Automóveis), detentora das marcas Fiat, Jeep, Ram, Dodge e Chrysler. Até a primeira quinzena de novembro foram emplacados 327 mil veículos da montadora no Brasil, alta de 6,3% em relação a 2016. Em relação às exportações, as projeções são de 145 mil unidades exportadas até o final do ano, principalmente para Argentina e México – 61% a mais do que no ano passado.

Segundo o diretor comercial da FCA, Sérgio Ferreira, os indicativos positivos se refletem na força de trabalho, com a volta das horas extras e não há lay-off na fábrica. “É um sinal positivo de que a queda parou e o mercado começa a reagir”, diz Ferreira. No segmento de caminhões, as vendas subiram 46% em outubro deste ano comparado com outubro passado (5 mil contra 3,4 mil), segundo dados da Anfavea. O acumulado ainda é de queda de 4,5% em relação a 2016.

“Acredito que a pior parte da crise já passou e a tendência agora é de recuperação”, diz o diretor de caminhões da Volvo, Bernardo Fedalto.

Segundo ele, apesar do quadro geral ainda ser de queda quando comparado ao ano passado, a tendência é a reversão dos índices negativos até o fim do ano. “O primeiro sinal de inversão no mercado é quando os número param de cair”.

A Volvo tem apresentado uma boa performance principalmente no segmento de caminhões pesados, cujas vendas cresceram 15% este ano comparadas ao mesmo período de 2016. Grande parte do resultado é creditado ao agronegócio brasileiro, que tem batido recordes de produção e contribuído para a melhoria da economia brasileira, e ao setor industrial.

Para o próximo ano, caso o cenário macroeconômico continue favorável, Fedalto prevê um crescimento de 20% no setor de caminhões em relação a 2017. “Se considerarmos que a economia vai continuar melhorando, os números podem ser ainda mais positivos”, diz o executivo.

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