Sábado, 04 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 14 de abril de 2018
O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) deve se reunir neste sábado (14), ao meio-dia do horário de Brasília, para discutir os ataques na Síria, a pedido de diplomatas russos.
Representantes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental) estão planejando um encontro extraordinário para ouvir os oficias dos Estados Unidos, Reino Unido e França sobre os ataques na Síria.
O encontro deve acontecer ainda no sábado, dia seguinte aos ataques. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg , expressou apoio à ação coordenada com alvo nas instalações sírias de armas químicas. Segundo ele, os ataques do dia 13 vão corroer a capacidade de novos ataques com armas químicas contra a população síria.
Itália
O italiano Antonio Tajani, presidente do Parlamento Europeu, afirmou neste sábado, em entrevista à rádio pública italiana RAI, que o uso de armas químicas é inaceitável e que é preciso “evitar uma escalada militar na Síria”. A declaração foi feita após os ataques desta madrugada realizados conjuntamente pelos Estados Unidos, pelo Reino Unido e pela França.
Tajani disse ainda que a operação contra a Síria será discutida na segunda-feira (16) no Parlamento Europeu e que espera que haja uma solução pacífica que inclua a União Europeia e as Nações Unidas. “O futuro da Europa passa também pela política internacional e esta inclui a Síria”, afirmou. No entanto, Tajani admitiu temer que a situação se agrave e afirmou estar preocupado com a população civil. “O perigo é o que pode vir a seguir”, disse.
Outras lideranças
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou que a UE (União Europeia) “está ao lado dos seus aliados e ao lado da Justiça”. Em sua conta no Twitter, Dusk escreveu que “os ataques dos EUA, França e Reino Unido mostram claramente que o regime sírio, com a Rússia e o Irã, não pode continuar com esta tragédia humana, pelo menos sem custos”.
Também no Twitter, o presidente da Comissão Europeia, Jean – Claude Juncker, afirmou que o uso de armas químicas é inaceitável em qualquer circunstância e deve ser fortemente condenado. “A comunidade internacional tem o dever de identificar e responsabilizar os culpados por qualquer ataque com armas químicas”.
Ataque conjunto
Na noite de sexta-feira (13), os Estados Unidos anunciaram que lançaram um ataque em conjunto com o Reino Unido e a França contra instalações de armas químicas na Síria, em resposta ao suposto ataque químico à cidade de Duma, realizado há uma semana.
Segundo o governo dos EUA, foram atingidos os três alvos descritos como locais de “capacidades químicas”: um centro de pesquisa científica localizado na capital, Damasco; uma instalação de armazenamento de armas químicas, localizada a oeste de Homs; e ainda uma terceira próxima ao segundo alvo, que serviria – segundo o Pentágono – de armazém de equipamentos de armas químicas, além de um posto de comando.