Terça-feira, 27 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 26 de maio de 2025
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, criticou nessa segunda-feira (26) a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para algumas modalidades de transação.
Em publicação na rede social, Motta afirmou que “o Estado não gera riqueza – consome”. E que o Brasil “não precisa de mais um imposto”, mas, sim, de “menos desperdício”.
Em outro trecho da publicação, o presidente da Câmara dos Deputados frisou que “o Executivo não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar”.
Esse foi o primeiro pronunciamento do presidente da Câmara desde que o governo anunciou as medidas sobre o IOF na última quinta-feira (22).
Na ocasião, o governo divulgou o aumento do IOF sobre uma série de operações de crédito, como parte de um pacote para impulsionar a arrecadação de impostos e tentar controlar o déficit nas contas públicas.
Parte do pacote previa a taxação de recursos enviados para investimentos no exterior. A medida foi cancelada no mesmo dia. O temor era de que fosse interpretada como uma tentativa de controlar a saída de recursos do Brasil.
Com o cancelamento, as contas ficaram ainda mais difíceis de fechar. E, por isso, o governo agora estuda como compensar essa mudança – com o corte de mais despesas ou o anúncio de novas medidas.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, inclusive, afirmou nessa segunda que o governo tem até o fim de semana para decidir como vai fazer essa compensação.
Em recente entrevista, Haddad responsabilizou o novo arranjo institucional – que chamou de “quase parlamentarismo” – pelas dificuldades do governo em avançar com medidas de ajuste fiscal.
O ministro da Fazenda disse que “hoje nós vivemos um quase parlamentarismo” e que “quem dá a última palavra sobre tudo isso é o Congresso”, numa crítica indireta à fragmentação da base aliada e à necessidade de negociar cada projeto com lideranças da Câmara e do Senado.
Mensagem de Hugo Motta
“Bom dia e boa semana! Lembrando o que disse logo que assumi: o Estado não gera riqueza – consome. E quem paga essa conta é a sociedade. A Câmara tem sido parceira do Brasil ajudando a aprovar os bons projetos que chegam do Executivo e assim continuaremos. Mas quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor. O Executivo não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar. O Brasil não precisa de mais imposto. Precisa de menos desperdício. Vamos trabalhar sempre em harmonia e em defesa dos interesses do país.”