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Brasil Após dois meses em queda, os juros do cheque especial voltaram a subir para 307%

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Taxa do cartão rotativo também subiu e foi a 307,8% ao ano, segundo dados do BC. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Depois de dois meses em queda, os juros do cheque especial voltaram a subir no país. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Banco Central, a taxa na modalidade de crédito mais cara do Brasil ficou em 307,6% ao ano em setembro. Os juros do cartão de crédito rotativo também subiram e alcançaram 307,8% ao ano.

Em agosto, os juros do cheque especial tinham recuado para 306,9%, alcançando então o menor patamar desde novembro do ano passado. Na ocasião, o movimento foi puxado principalmente pelo corte nas taxas de uma instituição financeira específica. Agora, voltou ao patamar próximo de meses anteriores. A taxa nesse tipo de empréstimo não fica abaixo de 300% desde fevereiro de 2016, quando estava em 293,9% ao ano.

Os dados do BC também mostraram que o brasileiro passou a recorrer mais ao cheque especial. No acumulado em 12 meses, o saldo nessa linha de crédito cresceu 16,1%, para R$ 26,4 bilhões. Esse movimento ocorreu apesar das novas regras para a linha de crédito em vigor desde o ano passado.Em abril de 2018, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) anunciou uma autorregulação para oferecer uma linha de crédito alternativa, mais barata, para clientes que estiverem com mais de 15% do limite comprometido por mais de 30 dias.

Na avaliação do chefe do departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, essa alta pode ter ocorrido por dois motivos: ou os bancos ofereceram linhas de crédito alternativas sem reduzir os limites de cheque especial ou houve uma ampliação da base de clientes. Rocha destacou que o ideal é que se fique o menor tempo possível nessa modalidade de crédito.

“A ideia do cheque especial é que as pessoas utilizem pelo menor tempo possível, de forma mais breve, sempre que possível saiam dessa linha, busquem planejar melhor. Essa linha aumentou 1,1% no mês. Da mesma forma, a taxa de juros no cheque especial aumentou 0,7 ponto percentual agora em setembro”, afirmou.

A alta nos juros do cheque especial foi um ponto fora da curva num contexto de redução global das taxas. Na média, os juros no Brasil ficaram em 24,1% em setembro, menor patamar do ano, refletindo o ciclo de redução da taxa Selic, que baliza o sistema financeiro e está em 5,5% ao ano, a mínima histórica.

Nas linhas para pessoas físicas, o destaque está para o crédito consignado, cuja taxa ficou em 21,4% ao ano, a menor da série histórica.

“O saldo do consignado supera R$ 370 bilhões, neste caso, representa por volta de um terço do total do crédito livre a pessoas físicas. Sua taxa de crescimento está acima de dois dígitos. E quer a gente mensure o crédito consignado pelo ICC (indicador que mede o custo de crédito) ou taxa de juros, essa modalidade tem a menor taxa de juros da série histórica do Banco Central” destacou Fernando Rocha.

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