Sábado, 22 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de julho de 2018
O presidente Michel Temer divulgou uma imagem de apoio à Seleção Brasileira pouco depois da eliminação do Brasil por uma derrota por 2 a 1 pela Bélgica. “A Seleção jogou com raça. Honrou as cores do Brasil. Um abraço aos jogadores. Vamos em frente”, escreveu o presidente em sua conta no Twitter.
Ao contrário do que aconteceu na segunda-feira (2), quando chutou e acertou o resultado do jogo do Brasil contra o México, o presidente errou seu palpite para a partida desta sexta (6). Ele havia apostado em vitória da Seleção por 2 a 1.
A mensagem de Temer não faz nenhuma menção a Tite, técnico da Seleção Brasileira, que declarou no início do ano que não viajaria a Brasília mesmo se a Seleção conquistasse o hexa. Marcela Temer também fez agradecimentos aos jogadores brasileiros. “Valeu, Seleção! Vocês demonstraram força e garra na competição!”, escreveu ao postar a foto da bandeira brasileira em sua conta do Instagram.
O pré-candidato à Presidência da República pelo MDB, o ex-ministro Henrique Meirelles, lamentou a derrota nas redes sociais. “Infelizmente não deu desta vez. O esporte, assim como a vida, é cheio de surpresas. O importante, sempre, é lutar de cabeça erguida e honrar a camisa.”
CBF
A eliminação do Brasil deve abrir uma disputa de poder na CBF (Confederação Brasileira e Futebol). Eleito presidente da entidade em abril, Rogério Caboclo só tem direito para assumir o cargo em 2019. Nos bastidores, ele articula antecipar a sua posse e ser o responsável pelo destino de Tite após o fracasso na Rússia.
Caboclo comandará a CBF na competição do Qatar em 2022 e quer definir o comando do time nacional até o final de julho. Para isso, ele terá que chegar a um acordo com Antonio Carlos Nunes, presidente da entidade.
Em abril, coronel Nunes, como gosta de ser chamado, assumiu o poder após Marco Polo Del Nero ser banido pela entidade máxima do futebol por corrupção. Ele foi escolhido para comandar a CBF após um “golpe”, como a oposição classifica, a eleição arquitetada por Del Nero para fazer o oficial da reserva da Polícia Militar do Pará seu sucessor, em caso de afastamento definitivo, como acabou acontecendo.
A derrota em Kazan da Seleção pode antecipar também a saída de Nunes da CBF. Diretor-executivo da entidade, Caboclo mantém o estilo diplomático. Aceitaria antecipar a sua posse, marcada apenas para abril do próximo ano.
Entre os cartolas do País, Nunes é querido, mas sabe que sua situação é delicada no exterior. Fora do Brasil, o dirigente é ignorado pelas principais autoridades do futebol mundial.
Na Rússia, o prestígio de Nunes ficou ainda mais arranhado. No dia 13 de junho, um dia antes da abertura do torneio, ele quebrou o pacto firmado pela Conmebol (entidade que controla o futebol na América do Sul) que escolheu o Canadá, os EUA e o México para sediar o Mundial de 2026.
Sem saber que a votação era em aberto, ele prometeu votar na candidatura americana, mas escolheu o Marrocos, que também tentava organizar a competição. Com a divulgação dos votos, Nunes foi considerado traidor pela Conmebol. Agora, o presidente da entidade, o paraguaio Alejandro Domínguez, quer a saída do cartola do órgão. Ele já avisou que aceitaria a indicação de outro representante brasileiro.