Quinta-feira, 13 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de outubro de 2015
Com suspeita de traumatismo craniano e passando mal, um idoso de 90 anos foi obrigado a esperar quatro horas pelo atendimento no Conjunto Hospitalar de Sorocaba, em São Paulo.
Ele só foi examinado por um médico depois que a Polícia Militar esteve no hospital e ameaçou funcionários de prisão. Do tempo de espera, três horas foram do lado de fora do hospital, que se negava a receber o paciente porque não tinha sido feito o pedido de vaga. De acordo com sua neta, Priscila Tomás de Souza, o aposentado Eduardo Galhardo de Souza, caiu em casa e bateu a cabeça no chão. Ele sofreu um desmaio e começou a passar mal.
Levado às pressas a uma unidade pré-hospitalar, foi examinado por um médico e transferido de ambulância para o pronto-socorro do Conjunto Hospitalar, referência em politraumatismo. Depois de horas de espera, funcionários devolveram a guia de internação à família, alegando não ter sido feito o pedido de vaga.
Indignação.
Indignados, os familiares entraram em contato com a prefeitura. O secretário de governo, João Leandro Filho, foi pessoalmente ao hospital, mas nada conseguiu. “Não houve nenhuma sensibilidade para atender esse idoso na cadeira de rodas. Não vi outra saída senão chamar a polícia”, disse.
Os policiais registraram um boletim de ocorrência por omissão de socorro. A direção do Conjunto Hospitalar informou em nota que não houve o pedido de vaga pela prefeitura. “O CHS irá investigar o ocorrido e, se for constatada falha na regulação, os responsáveis serão punidos e o caso encaminhado ao Conselho Regional de Medicina”, informou. A neta informou que, agora, seu avô passa bem.