Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de julho de 2019
Alvo de críticas do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República reforçou o esquema de segurança para viagens da comitiva presidencial. Nos deslocamentos feitos na semana passada, até mesmo o presidente Jair Bolsonaro teve que passar por detector de metais e raio X antes de embarcar para Belo Horizonte e São Paulo. A informação foi confirmada por dois assessores que acompanharam os trajetos.
O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou que “o procedimento de segurança está mais rigoroso”, mas não especificou quais outras medidas foram adotadas. A decisão ocorre após um militar que integrava a equipe de apoio à comitiva presidencial ser preso com 39 quilos de cocaína na Espanha. O avião em que ele estava dava suporte para a aeronave do presidente e sua equipe – cujo destino final seria Osaka, no Japão, para encontro do G20.
Mais cedo, o ministro do GSI, Augusto Heleno, reconheceu que uma falha na segurança possibilitou que um sargento da FAB (Força Aérea Brasileira) embarcasse com a droga sem ser detectado. Ele ponderou que a segurança do presidente “é muito séria, muito competente, muito bem treinada”. “Aconteceu uma falha é isso será corrigido”, declarou. No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro defendeu o serviço prestado pelo GSI e enfatizou que confia “100%” no trabalho de Heleno. “Estou muito bem com o GSI, me sinto muito seguro e tranquilo”, disse.
Um dos filhos do presidente, Carlos Bolsonaro, questionou os procedimentos do GSI dizendo que são subordinado a algo em que ele não acredita, sem citar diretamente o nome de Augusto Heleno, responsável pela pasta. “Por que acha que não ando com seguranças? Principalmente aqueles oferecidos pelo GSI? Sua grande maioria podem até ser homens bem intencionados e acredito que sejam, mas estão subordinadas a algo que não acredito”, escreveu.
Na quinta-feira (04), ao compartilhar notícia sobre o suicídio de um empresário na gente do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em Aracaju (SE), Carlos avaliou que houve “mais uma falha na segurança”. “Seria bom a segurança do Presidente ficar mais atenta”, escreveu em rede social. Segundo integrantes do Palácio do Planalto, a orientação é de silêncio total sobre as declarações de Carlos para evitar amplificar ainda mais o conflito.