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Brasil Após o caso da droga encontrada em um avião da FAB, os filhos de Jair Bolsonaro querem que a escolta oficial passe do Exército para a Polícia Federal

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Prisão de militar com droga faz ala ideológica pressionar para que o Exército deixe a segurança do presidente. Na foto, Carlos, Flávio e Eduardo com Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Flickr)

A família de Jair Bolsonaro e também o chamado núcleo ideológico do Palácio do Planalto cobram mudanças no esquema de segurança do presidente e a transferência da escolta oficial do Exército para a PF (Polícia Federal). A pressão aumentou desde que um militar da equipe de apoio à comitiva presidencial foi preso na Espanha, há dez dias, com 39 quilos de cocaína. O caso, ocorrido às vésperas do encontro do G-20, no Japão, provocou constrangimento internacional e expôs a disputa, até então velada, pelo controle da área de segurança e inteligência do Executivo.

A proposta de recorrer à Polícia Federal provoca mal-estar entre generais do primeiro escalão e alimenta o confronto dos núcleos civil e militar do governo. Os filhos de Bolsonaro querem, no futuro, criar uma agência inspirada no Serviço Secreto dos Estados Unidos, que é formado por civis e atua dentro do Departamento de Segurança Interna, desvinculado do Exército americano. A ideia também enfrenta resistência das Forças Armadas.

O general Augusto Heleno Ribeiro, ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), disse que não existem mudanças à vista. “Isso não tem fundamento”, afirmou. “A escolta do presidente é sempre adaptada às características do evento.”

Visto como conselheiro de Bolsonaro, Heleno tem o respeito da família, mas as críticas do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) ao general, nas redes sociais, incomodaram a caserna. Ainda na quinta-feira da semana passada, ao comentar o suicídio de um empresário em Aracaju, diante do governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, e do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o filho “02” de Bolsonaro mandou novo recado a Heleno pelo Twitter. “Mais uma falha de segurança. Seria bom a segurança do presidente ficar mais atenta”, escreveu Carlos.

A proteção do presidente é feita, por lei, pelo GSI, gabinete que reúne integrantes das Forças Armadas e oficiais da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), mas o contingente empregado nas tarefas é sempre mantido em sigilo. Em 2002 havia 649 agentes do GSI, número que subiu para 907 em 2012. Hoje, estima-se que esse exército ultrapasse a casa dos 1.000. Atualmente, dos cerca de 3 mil funcionários que trabalham no Palácio do Planalto, um terço é composto por militares.

Na avaliação da ala não fardada do governo, porém, a segurança de Bolsonaro é falha e não há monitoramento adequado de informações. Não é raro ouvir de aliados civis que a Abin faz pesquisa “pelo Google”, antes da nomeação de algum servidor ou ministro, para saber se o indicado tem algum “empecilho” de natureza ética ou jurídica. Circula também comentário, em tom jocoso, segundo o qual a equipe é informada antes pelo WhatsApp e só depois pela Abin.

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