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Brasil Após o PIX, saiba o que é o open banking

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O objetivo é combater a burocratização e os altos custos, fomentando a competitividade entre as instituições. (Foto: Reprodução)

Você paga juros caros pelo financiamento da casa própria? Arca todo mês com tarifas altas do cartão de crédito? Está insatisfeito com o serviço do seu banco, mas não tem paciência de pedir a portabilidade? Tudo isso pode mudar com a implementação do Open Banking. O Banco Central (BC) está dando a largada para uma transformação que pretende mudar o sistema financeiro, tirando o poder dos bancos e colocando na mão dos clientes. O objetivo é combater a burocratização e os altos custos, fomentando a competitividade entre as instituições. Para tirar melhor proveito, o consumidor deve entender o que irá acontecer.

O primeiro passo para toda a mudança é o Pix, novo sistema de pagamentos que começa a funcionar em 16 de novembro. Por meio dele, pessoas físicas poderão fazer transferências para contas de outros bancos, de forma gratuita e praticamente instantânea, 24 horas por dia e sete dias por semana. Já no dia 30 do mesmo mês, será implementada a primeira das quatro fases do Open Banking.

Luiz Fabbrine, líder de finanças da consultoria Bip, explica que, primeiro, será feito o compartilhamento de dados das próprias instituições; depois, dos dados cadastrais dos clientes, mediante autorização; e por fim, de posse desse histórico, as instituições vão poder conceder melhores ofertas.

“Será parecido com um marketplace, mas com produtos financeiros alinhados a cada perfil. Hoje, 90% das operações de crédito são feitas pelos cinco principais bancos. O novo cenário vai possibilitar que bancos pequenos e fintechs tenham maior competitividade”, explica.

Segundo o BC, o consumidor ganhará autonomia na gestão de seus recursos e a oferta dos serviços será mais ágil segura e totalmente digital. Para Raul Moreira, diretor executivo de Open Banking do Banco Original, a novidade fará do Brasil um dos países mais modernos do mundo, com sistema financeiro à frente até dos Estados Unidos:

“O Pix é a ponta do iceberg. Com o Open Banking o consumidor só terá conta num grande banco se estiver satisfeito. Porque tudo será compartilhado e ele poderá fazer tudo em um banco digital ou uma fintech. Acredito que no primeiro semestre de 2021 devemos ter um novo mercado”.

Controle de todas as contas num só lugar

Quem tem conta em mais de um banco não vai mais precisar ter tantos aplicativos instalados no celular. Dentre as novidades, está a possibilidade das instituições se transformarem em agregadores. Isto é, se um cliente tem mais afinidade com a plataforma de um banco, poderá escolher movimentar a partir dela o dinheiro depositado em outros bancos ou corretoras.

“Quem oferta esse serviço passa a ter acesso a mais dados do cliente, conseguindo customizar as ofertas para as necessidades dele. Em um banco europeu, por exemplo, se o cliente compra uma passagem internacional, mesmo que com o cartão de crédito de outra instituição, o agregador pode oferecer serviços adicionais, como um seguro viagem”, conta Fabbrine.

Até mesmo empresas de outros ramos, como varejo, telecomunicações, energia e consumo vão poder assumir esse papel. O aplicativo de organização de finanças Guia Bolso, por exemplo, que já concentra informações de vários bancos, poderá ser usado para fazer as próprias movimentações: sejam pagamentos, transferências, ou até empréstimos.

“O cliente ganha uma plataforma para integrar seus dados e gerenciar melhor seus gastos, além do acesso a produtos selecionados de acordo com o seu perfil, e o Guiabolso ganha por ter maior visibilidade sobre sua vida financeira”, diz Thiago Alvarez, CEO do Guiabolso. Maxnaun Gutierrez, chefe da área de produtos de pessoa física do C6 Bank, acredita que a medida irá possibilitar maior autonomia para controlar suas finanças.

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https://www.osul.com.br/apos-o-pix-saiba-o-que-e-o-open-banking/ Após o PIX, saiba o que é o open banking 2020-10-25
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