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Política Após relatar trama golpista contra Alexandre de Moraes, o senador Marcos do Val agora diz que quer afastamento do ministro do Supremo

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Após relatar coação por Bolsonaro, senador afirma que tem gratidão a Flávio e Eduardo Bolsonaro. (Foto: Reprodução)

Em uma nova entrevista sobre a trama golpista que envolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Marcos Do Val (Podemos-ES) afirmou nesta sexta-feira (3) que vai pedir à Procuradoria-Geral da República o afastamento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, da relatoria dos inquéritos que apuram atos golpistas. O motivo, segundo ele, é o fato de o magistrado ter sido citado no depoimento em que ele prestou relatando a reunião com o antigo chefe do Palácio do Planalto e com o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), em que lhe foi apresentado um plano para gravar Moraes.

“Será comprovada a veracidade de tudo que tenho falado. Farei solicitação para a PGR afastar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria referente aos atos antidemocráticos”, afirmou o senador. Ele acrescentou: “Como ele vai entrar nos autos, ele não pode ser o relator.”

A ofensiva de Do Val contra Moraes representa uma reviravolta na versão apresentada pelo senador até então. Do Val afirmou em uma live nas redes sociais e entrevista publicada pela revista Veja que foi convidado por Silveira a participar de uma reunião com Bolsonaro em que o deputado propôs a ele gravar Moraes. De acordo com o parlamentar, a ideia era obter uma declaração do ministro do STF que pudesse provocar uma ruptura institucional com o objetivo de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em vez de topar o plano, Do Val disse ter procurado o ministro do STF para informá-lo sobre a reunião e a intenção de gravá-lo. Mais cedo, em transmissão ao vivo, Moraes confirmou ter se reunido com o senador e classificou a trama como “tentativa tabajara” de golpe.

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O senador, porém, diz que Moraes não pediu em nenhum momento para que ele formalizasse a denúncia, contrariando declaração do ministro do STF.

“Como ele vai entrar nos autos, ele não pode ser o relator. Em nenhum momento o ministro Alexandre de Moraes solicitou ou verbalizou nada referente de eu formalizar a informação que eu estava passando para ele”, afirmou do Val.

Ao confirmar o encontro em que Do Val conta sobre a reunião que teve com Bolsonaro e Silveira, Moraes disse que questionou o senador se ele daria um depoimento formal sobre o caso, mas foi negado.

“Informo que não são verídicas as recentes declarações do ministro Alexandre de Moraes quando diz que me orientou para que a reunião com Daniel Silveira e Bolsonaro fossem formalizadas. Tenho como provar que ao comunicar o ministro Moraes sobre o que estava acontecendo, por escrito e testemunhamento, via WPP, em nenhum momento recebi orientações do ministro para fazer formalização”, afirmou Do Val, em entrevista.

Gratidão a Flávio e Eduardo

Em outra mudança de postura, após Do Val dizer num primeiro momento ter sido “coagido” por Bolsonaro a participar do plano de gravar Moraes, ele mudou de versão e tem dito que o ex-presidente não se manifestou na reunião.

“O cenário era, o Daniel convencendo eu e a ele (Bolsonaro) de que a missão seria bem sucedida se o Senador aceitasse a missão em salvar o Brasil”, afirmou na entrevista. “O presidente da República não se manifestava, estava em silêncio”, completou, repetindo a versão que deu em depoimento à Polícia Federal.

Agora, ao ser questionado se foi pressionado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ, filhos do presidente, a mudar de versão, negou e os agradeceu por apoá-lo.

“Sobre Eduardo e Bolsonaro, eles demonstraram que estavam comigo, me apoiaram, falaram para eu não sair do mandato. Fui agradecer ao Flávio pessoalmente. Ao Flávio e Eduardo Bolsonaro, fica a minha gratidão”, disse.

O senador defende a intalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para que ele possa revelar mais detalhes sobre o plano golpista. Governistas, porém, são contra a abertura do colegiado, pois avaliam que a intenção é utilizar a CPI para atingir Moraes.

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