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Por Redação O Sul | 30 de abril de 2016
Após reprovar uma das filhas do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante uma prova de baliza em junho de 2008, o examinador de trânsito Antonio Nunes Coimbra foi acusado de extorsão e nunca mais foi chamado para participar da banca de avaliação, de acordo com informações do jornal O Globo.
Na prova realizada na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro (RJ), a candidata Camilla Ditz da Cunha, à época com 18 anos, entrou na vaga sem ligar o pisca, e o servidor do Detran (Departamento de Trânsito) do Rio marcou três pontos de punição. Em seguida, Camilla saiu da vaga com o freio de mão puxado e, com isso, perdeu mais dois pontos, que levaram à sua reprovação no exame.
Coimbra contou que, em seguida, procurou a jovem para confortá-la e dizer que em breve teria outra oportunidade para refazer a prova. Depois do episódio, porém, nunca mais foi chamado para a banca de examinadores. Isso porque Cunha escreveu uma carta ao então presidente do Detran, Sebastião Faria, afirmando que o examinador tentou extorquir sua filha. As autoridades, então, instauraram uma sindicância interna para avaliar a situação. Pouco tempo depois, Coimbra, hoje aposentado, foi punido com 30 dias de suspensão, sem vencimentos, e foi afastado dos exames.