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Política Com o Brasil na presidência do G20, Lula chega à Alemanha “em alta” e de olho em acordo União Europeia-Mercosul

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A agenda na Alemanha gera a expectativa de que sejam assinados uma série de acordos que já vêm sendo discutidos há meses.

Foto: Ricardo Stuckert/PR
A agenda na Alemanha gera a expectativa de que sejam assinados uma série de acordos que já vêm sendo discutidos há meses. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Com o Brasil no comando da presidência rotativa do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou, neste domingo (3), em Berlim, na Alemanha, para uma visita de três dias ao país europeu. Lula participa de um jantar oferecido pelo primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz e nesta segunda (4), os dois líderes presidirão uma reunião com ministros brasileiros e alemães, a 2ª Reunião de Consultas Intergovernamentais de Alto Nível. Na ocasião serão assinados os instrumentos de cooperação entre os dois países.

Antes da Europa, o presidente brasileiro esteve no Oriente Médio onde participou da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28), em Dubai, nos Emirados Árabes. Ele também cumpriu agendas em Riade, na Arábia Saudita, e em Doha, no Catar.

“Chegada em Berlim para reunião entre o governo alemão e brasileiro, para reforçar nossa parceria e cooperação em muitas áreas – energia, indústria, combate às fake news e transição ecológica. Retomando o diálogo com os alemães que tinha sido abandonado em governos anteriores, uma das maiores e mais avançadas economias do mundo”, escreveu Lula, em publicação nas redes sociais.

A agenda na Alemanha gera a expectativa de que sejam assinados uma série de acordos que já vêm sendo discutidos há meses. Os atos são nas áreas de meio ambiente e mudança do clima, agricultura, bioeconomia, saúde, ciência, tecnologia e inovação, desenvolvimento global, integridade da informação e combate à desinformação.

A Alemanha é um dos países que defendem a assinatura do acordo Mercosul-UE, o que também está na pauta das conversas do presidente Lula.

A possibilidade de um acordo , porém, sofreu um revés significativo neste final de semana, quando o presidente francês Emmanuel Macron disse que o acordo é “antiquado” e contraditório com as ambições ambientais de países como o Brasil.

“[O acordo] não leva em conta a biodiversidade e o clima dentro dele. É um acordo comercial antiquado e que desfaz tarifas”, afirmou Macron.

Lula respondeu durante entrevista coletiva ao fim de sua participação na COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, neste domingo.

“A França sempre foi o país que criou obstáculos para o acordo do Mercosul com a União Europeia, porque a França tem milhares de pequenos produtores (agrícolas) e eles querem proteger os seus produtos. É isso”, disse o presidente.

Aprovado em 2019, após 20 anos de negociações, o acordo Mercosul-UE precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. A negociação envolve 31 países. Ele cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras públicas, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.

“Se não tiver acordo, pelo menos vai ficar patenteado de quem é a culpa. Agora, o que a gente não vai fazer é um acordo para tomar prejuízo”, completou Lula.

Terceira maior economia mundial, atrás apenas dos Estados Unidos e da China, a Alemanha é um importante parceiro do Brasil, sobretudo nos campos tecnológico e industrial. Mais de mil empresas alemãs atuam em território brasileiro e, segundo o Banco Central, o país germânico é a oitava maior fonte de investimentos no Brasil.

O comércio bilateral alcançou US$ 19 bilhões em 2022. Entre janeiro e outubro de 2023, somou US$ 15,9 bilhões. Os europeus retomaram as doações para o Fundo Amazônia, de proteção à floresta, da qual é a segunda maior doadora, depois da Noruega.

Em outubro, o governo alemão desembolsou 20 milhões de euros (R$ 110 milhões, em valores atuais), a primeira parcela da doação de 35 milhões de euros anunciada no início do ano. No total, a Alemanha já doou 90 de milhões de euros (R$ 483 milhões) ao fundo.

Também será reativado um mecanismo de diálogo que a Alemanha mantém com poucos parceiros e o Brasil é o único país com esse status na América Latina.

No retorno ao Brasil, Lula recepcionará os chefes de Estado do Mercosul, na cúpula que será realizada em 7 de dezembro, no Rio de Janeiro.

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